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São Paulo, quinta-feira, 06 de novembro de 2003

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BNDES libera R$ 1 bi para máquina agrícola

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou ontem a liberação de uma linha especial de R$ 1 bilhão para financiar compras de máquinas e equipamentos agrícolas nos dois últimos meses deste ano. Os recursos são complementares ao Moderfrota, o programa do governo que financia a modernização da frota dos agricultores a juros subsidiados.
A dotação do Moderfrota para a safra 2003/2004, autorizada até agora pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), é de R$ 2 bilhões, a serem gastos no período de 1º de julho deste ano a 30 de junho de 2004.
Com a linha especial do BNDES o valor chega a R$ 3 bilhões, quantia ainda cerca de 10% menor que o total empregado na safra 2002/2003 (R$ 3,31 bilhões), que acaba de ser colhida.
O Moderfrota, considerado pela direção do BNDES como a única, e bem-sucedida, política industrial ativa do governo Fernando Henrique Cardoso, foi criado em março de 2000 e até outubro deste ano já emprestou cerca de R$ 7 bilhões para a compra de máquinas e implementos agrícolas.
Os juros do programa são fixos em 9,75% ao ano para agricultores que tiveram na safra anterior renda bruta de até R$ 150 mil e em 12,75% para os que faturaram mais de R$ 150 mil. A diferença entre esses juros e as taxas cobradas pelo BNDES e seus agentes repassadores (rede bancária) é bancada pelo Tesouro Nacional.
Na safra 2002/2003, o Moderfrota partiu de uma dotação inicial de R$ 1 bilhão, indo a R$ 3,31 bilhões, incluídos R$ 720 milhões de uma linha especial do BNDES.
Segundo Conceição Keller, chefe do Departamento de Suporte e Controle Operacional da área de Operações Indiretas do BNDES, a dotação do Moderfrota para a próxima safra foi dividida da seguinte forma: R$ 1,25 bilhão até janeiro de 2004; mais R$ 550 milhões até abril; e os últimos R$ 200 milhões em maio e junho.
Mas o banco estatal constatou que no final de agosto o dinheiro que deveria ir até janeiro de 2004 (R$ 1,25 bilhão) já estava comprometido. Daí porque foi decidido criar a linha especial de R$ 1 bilhão que é um pouco mais cara que o Moderfrota.
O empréstimo cobra juros de 13,95% ao ano, em financiamentos de cinco anos.


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