|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Indicador fecha a 587 pontos, alta de 1,4%, após banco rebaixar recomendação para títulos da dívida
Risco interrompe a sequência de baixas
DA REPORTAGEM LOCAL
O risco-país interrompeu uma
sequência de seis dias de quedas
após o banco CSFB (Credit Suisse
First Boston) rebaixar sua recomendação para os títulos da dívida brasileira. Os C-Bonds, títulos
brasileiros mais negociados, recuaram 0,66%, e o risco-país teve
alta de 1,4%, para 587 pontos.
A instituição financeira afirmou
em relatório que os papéis brasileiros ficaram menos atrativos depois de se valorizarem fortemente. Os C-Bonds, que fecharam ontem a US$ 0,9344, ainda estão
próximos de sua cotação recorde
(US$ 0,9456).
No lugar dos papéis brasileiros,
o banco recomendou a compra
de títulos de México, Argentina e
Tunísia, que oferecem chances de
ganhos maiores.
Operadores de tesourarias bancárias afirmaram que a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que o acordo com o
FMI (Fundo Monetário Internacional) só viria em dezembro,
contribuiu para o dia não ser de
otimismo no mercado.
A Bolsa de Valores de São Paulo
teve queda de 1,26%. O dólar fechou praticamente estável, vendido a R$ 2,863.
Apesar do recuo, a Bovespa segue em níveis bastante elevados.
O Ibovespa (índice das 54 ações
de maior negociação do pregão)
encerrou ontem com 18.307 pontos. O volume de negócios ficou
em R$ 949 milhões.
Na semana, a Bolsa paulista ainda registra alta de 1,8%. Das dez
ações mais negociadas ontem,
apenas duas fecharam em alta
(Bradesco PN, com ganho de
0,33%, e Telesp Celular Participações PN, alta de 1,35%).
As maiores perdas de ontem ficaram com as ações com direito a
voto (ON) da Siderúrgica Nacional, com baixa de 3,6%, e com o
papel PNA da Telemar Norte Leste, que caiu 3,3%.
Balanço
A notícia positiva no mercado
acionário voltou a ser os investidores estrangeiros. As compras
de ações com capital estrangeiro
superaram as vendas em R$ 1,27
bilhão em outubro. Esse foi o mês
que registrou o maior saldo positivo no ano. Em 2003, esse saldo
acumulado está positivo em R$
5,52 bilhões.
O giro médio diário do pregão
em outubro cresceu 14,9% em relação ao mês anterior, ficando em
R$ 1,14 bilhão.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Vizinho em crise: Argentina vai levar 4 anos para "voltar" a 1998 Próximo Texto: O vaivém dos commodities Índice
|