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São Paulo, quinta-feira, 06 de novembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Indicador fecha a 587 pontos, alta de 1,4%, após banco rebaixar recomendação para títulos da dívida

Risco interrompe a sequência de baixas

DA REPORTAGEM LOCAL

O risco-país interrompeu uma sequência de seis dias de quedas após o banco CSFB (Credit Suisse First Boston) rebaixar sua recomendação para os títulos da dívida brasileira. Os C-Bonds, títulos brasileiros mais negociados, recuaram 0,66%, e o risco-país teve alta de 1,4%, para 587 pontos.
A instituição financeira afirmou em relatório que os papéis brasileiros ficaram menos atrativos depois de se valorizarem fortemente. Os C-Bonds, que fecharam ontem a US$ 0,9344, ainda estão próximos de sua cotação recorde (US$ 0,9456).
No lugar dos papéis brasileiros, o banco recomendou a compra de títulos de México, Argentina e Tunísia, que oferecem chances de ganhos maiores.
Operadores de tesourarias bancárias afirmaram que a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que o acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) só viria em dezembro, contribuiu para o dia não ser de otimismo no mercado.
A Bolsa de Valores de São Paulo teve queda de 1,26%. O dólar fechou praticamente estável, vendido a R$ 2,863.
Apesar do recuo, a Bovespa segue em níveis bastante elevados. O Ibovespa (índice das 54 ações de maior negociação do pregão) encerrou ontem com 18.307 pontos. O volume de negócios ficou em R$ 949 milhões.
Na semana, a Bolsa paulista ainda registra alta de 1,8%. Das dez ações mais negociadas ontem, apenas duas fecharam em alta (Bradesco PN, com ganho de 0,33%, e Telesp Celular Participações PN, alta de 1,35%).
As maiores perdas de ontem ficaram com as ações com direito a voto (ON) da Siderúrgica Nacional, com baixa de 3,6%, e com o papel PNA da Telemar Norte Leste, que caiu 3,3%.

Balanço
A notícia positiva no mercado acionário voltou a ser os investidores estrangeiros. As compras de ações com capital estrangeiro superaram as vendas em R$ 1,27 bilhão em outubro. Esse foi o mês que registrou o maior saldo positivo no ano. Em 2003, esse saldo acumulado está positivo em R$ 5,52 bilhões.
O giro médio diário do pregão em outubro cresceu 14,9% em relação ao mês anterior, ficando em R$ 1,14 bilhão.
(FABRICIO VIEIRA)


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