CAROLINA VILA-NOVA
DE BUENOS AIRES

O governo argentino admite que vai levar quatro anos -ou seja, todo o mandato do presidente Néstor Kirchner- para que a economia recupere o mesmo PIB (Produto Interno Bruto) que tinha antes do começo da crise, no segundo semestre de 1998.
Serão necessários também quatro anos até que se chegue a uma taxa de desemprego de apenas um dígito e cerca de seis anos para que as taxas de pobreza e de indigência voltem aos níveis de meados dos anos 90.
Essas projeções constam em estudo elaborado pela Direção de Políticas Macroeconômicas do Ministério da Economia.
É a primeira vez que um órgão do governo divulga esse tipo de projeção. Até agora, apenas consultorias privadas o haviam feito.
Segundo dados do Ministério da Economia, o PIB da Argentina era cerca de 288 milhões de pesos em 1998, mas sofreu uma retração de 20% em quatro anos.
A crise deixou mais de 50% da população abaixo da linha pobreza. Em maio de 2002, 21,5% da população economicamente ativa estava desocupada.


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