São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2005

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Presidente do BC questiona crédito direcionado no país

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, defende que os juros cobrados nos empréstimos direcionados pelo governo ajudam a explicar as altas taxas no país hoje.
Segundo o raciocínio, os bancos cobram mais caro nos empréstimos tradicionais (como no cheque especial) para compensar perdas no financiamento regulado pelo governo.
Entre os chamados créditos direcionados estão os empréstimos habitacionais (corrigidos pela TR) e os do BNDES (atrelados à TJLP). Para Meirelles, esse controle cria duas classes distintas de financiamentos: os regulados pelo governo teriam taxas muito baixas, e os créditos livres, excessivamente altas.
Dessa forma, o fim do direcionamento de crédito serviria para uniformizar as taxas. Essa idéia chegou a ser apresentada por Meirelles em 2004, em uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O então presidente do BNDES, Carlos Lessa, reagiu com fortes críticas. A disputa resultou na demissão de Lessa.
Embora evite exprimir publicamente, o sucessor de Lessa, Guido Mantega, também defende os créditos direcionados, para compensar as elevadas taxas nas demais modalidades.

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