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SAIBA MAIS
Presidente do BC questiona crédito direcionado no país
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, defende que os juros cobrados nos
empréstimos direcionados pelo governo ajudam a explicar as
altas taxas no país hoje.
Segundo o raciocínio, os bancos cobram mais caro nos empréstimos tradicionais (como
no cheque especial) para compensar perdas no financiamento regulado pelo governo.
Entre os chamados créditos
direcionados estão os empréstimos habitacionais (corrigidos
pela TR) e os do BNDES (atrelados à TJLP). Para Meirelles,
esse controle cria duas classes
distintas de financiamentos: os
regulados pelo governo teriam
taxas muito baixas, e os créditos livres, excessivamente altas.
Dessa forma, o fim do direcionamento de crédito serviria
para uniformizar as taxas. Essa
idéia chegou a ser apresentada
por Meirelles em 2004, em uma
reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O então presidente do
BNDES, Carlos Lessa, reagiu
com fortes críticas. A disputa
resultou na demissão de Lessa.
Embora evite exprimir publicamente, o sucessor de Lessa,
Guido Mantega, também defende os créditos direcionados,
para compensar as elevadas taxas nas demais modalidades.
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