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perfil
Executivo foi preso durante a ditadura
DA SUCURSAL DO RIO
José Sergio Gabrielli
chegou à Petrobras em
2003, para ocupar a diretoria financeira, indicado
pelo amigo Jaques Wagner, ex-ministro de Lula e
que acaba de se eleger governador da Bahia.
Na transição dos governos FHC (PSDB) e Lula,
no final de 2002, Gabrielli
coordenara o grupo de trabalho que estudou os assuntos relacionados a empresas públicas e instituições financeiras.
Gabrielli era desconhecido no setor petrolífero
antes de sua nomeação para a Petrobras. Ele morava
em Salvador e trabalhava
na Faculdade de Economia da UFBA (Universidade Federal da Bahia), onde
se formara em 1971.
No fim dos anos 60, militara na AP (Ação Popular), organização clandestina que se opunha à ditadura. Foi preso, condenado e anistiado em 1979.
Sua atuação na polícia
estudantil baiana foi das
mais radicais, disse à Folha o economista Carlos
Lessa, que presidiu o
BNDES nos dois primeiros anos do governo Lula e
com quem está rompido.
"Gabrielli estava na extrema esquerda do movimento estudantil. Questionava até a existência na
Universidade da Bahia de
bibliotecas que considerava burguesas. Fico surpreendido em vê-lo, na Petrobras, fazendo enorme
esforço para descaracterizá-la como empresa pública. A política nacional do
petróleo é uma catástrofe", disse Lessa.
No ano passado, o lucro
líquido da estatal foi de R$
23,72 bilhões, 40% superior a 2004 e um recorde
histórico.
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