São Paulo, segunda-feira, 06 de novembro de 2006

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Executivo foi preso durante a ditadura

DA SUCURSAL DO RIO

José Sergio Gabrielli chegou à Petrobras em 2003, para ocupar a diretoria financeira, indicado pelo amigo Jaques Wagner, ex-ministro de Lula e que acaba de se eleger governador da Bahia.
Na transição dos governos FHC (PSDB) e Lula, no final de 2002, Gabrielli coordenara o grupo de trabalho que estudou os assuntos relacionados a empresas públicas e instituições financeiras.
Gabrielli era desconhecido no setor petrolífero antes de sua nomeação para a Petrobras. Ele morava em Salvador e trabalhava na Faculdade de Economia da UFBA (Universidade Federal da Bahia), onde se formara em 1971.
No fim dos anos 60, militara na AP (Ação Popular), organização clandestina que se opunha à ditadura. Foi preso, condenado e anistiado em 1979.
Sua atuação na polícia estudantil baiana foi das mais radicais, disse à Folha o economista Carlos Lessa, que presidiu o BNDES nos dois primeiros anos do governo Lula e com quem está rompido.
"Gabrielli estava na extrema esquerda do movimento estudantil. Questionava até a existência na Universidade da Bahia de bibliotecas que considerava burguesas. Fico surpreendido em vê-lo, na Petrobras, fazendo enorme esforço para descaracterizá-la como empresa pública. A política nacional do petróleo é uma catástrofe", disse Lessa.
No ano passado, o lucro líquido da estatal foi de R$ 23,72 bilhões, 40% superior a 2004 e um recorde histórico.


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