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Sob Lula, PIB cresce à base de 3,5% ao ano
Dado de 2006 é revisado para cima e passa de 3,8% para 4%; taxa supera os mandatos de Fernando Henrique Cardoso
Média de crescimento da primeira gestão de FHC ficou em 2,6% por ano, enquanto a da segunda recuou para 2,3%, diz IBGE
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Em 2006, a economia brasileira cresceu mais do que o estimado inicialmente: 4%, contra
a taxa de 3,8% divulgada inicialmente pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 2005, a expansão
havia sido de 3,2%. Com o resultado, a taxa de investimento
do país saltou de 15,9% em
2005 para 16,4% em 2006.
Durante o primeiro mandato
do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, a economia se expandiu à taxa média anual de 3,5%.
Esse dado supera o desempenho de 2,6% do primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (95/98) e
da segunda administração do
tucano (99/2002), de 2,3%.
Para Roberto Olinto, a queda
do dólar naquele ano foi importante estímulo ao investimento, pois houve queda nos preços
de máquinas e equipamentos
importados -itens que correspondem a 55% do investimento. O maior volume de investimentos, tanto em modernização do parque produtivo como
em construção civil, foi um dos
motores do PIB.
Pelos dados do IBGE, o país
também poupou mais em
2006: a taxa passou de 17,3%
em 2005 para 17,8% do PIB,
apesar da forte expansão do
consumo registrada em 2006
-5,3%, percentual superior aos
4,6% estimados inicialmente.
O IBGE divulga o PIB definitivo sempre com quase dois
anos de defasagem. No cálculo,
substitui indicadores estimados por dados reais apurados
em pesquisas setoriais anuais
de indústria, comércio, construção civil e serviços. Incorpora ainda dados da Receita Federal (Imposto de Renda das pessoas jurídicas) e revisa informações coletadas pelo PIB trimestral, divulgado ao longo do
próprio ano corrente.
De posse dos dados definitivos do PIB, o IBGE mensurou a
carga tributária brasileira:
34,1% em 2006, percentual superior aos 33,8% de 2005. Houve expansão na toada do próprio crescimento maior da economia, segundo Olinto.
Com o avanço do emprego
com carteira assinada e a expansão dos rendimentos do
trabalho, houve retrocesso da
informalidade da economia
brasileira em 2006, segundo o
IBGE. A parcela informal do
PIB cedeu de 10,1% em 2005
para 9,7%. Já a formal subiu para 78,4%.
Esses dados são referente à
produção formal e informal, e
não às relações de vínculo de
trabalho. Segundo o IBGE, ainda persiste a informalidade no
mercado de trabalho -57,6%
das contratações são informais.
Greve
Ontem, servidores do IBGE
fizeram paralisações em todo o
país. Os trabalhadores pleiteiam antecipação da parcela
do reajuste salarial, aumento
do valor dos benefícios, realização de concursos públicos e paridade salarial entre servidores
da ativa e aposentados.
O IBGE afirma que não houve prejuízo ao trabalho de pesquisa.
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