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Bovespa volta a subir e se aproxima dos 65 mil pontos
Dados dos EUA animam, e Bolsa registra alta de 1,41%
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado acionário voltou a
ter ganhos nos EUA e na Europa. O movimento ajudou a Bovespa a se aproximar dos 65 mil
pontos: ontem subiu 1,41% e
terminou o pregão a 64.815
pontos. Nesse nível, a apreciação no ano foi a 72,6%.
Apenas nesta semana, a Bolsa brasileira já subiu 5,31%,
mostrando que as oscilações
elevadas e as perdas do fim de
outubro não se tornaram a nova tônica do mercado local.
A economia dos EUA, onde
dados favoráveis foram apresentados, foi a grande propulsora dos negócios ontem. O índice Dow Jones, que reúne 30
das mais importantes ações dos
EUA, fechou com ganhos de
2,08%. A Bolsa eletrônica Nasdaq, referência no segmento de
alta tecnologia, subiu 2,42%.
Aos investidores agradou o
anúncio de recuo nos pedidos
de seguro-desemprego feitos
pelos norte-americanos. Outro
dado bem recebido foi o da produtividade do setor não agrícola do país, que registrou alta de
9,5% no terceiro trimestre.
Na Europa houve dados mais
fracos, como o recuo de 0,7%
no volume de vendas do varejo
na zona do euro em setembro.
A Bolsa de Londres encerrou
as operações com alta de
0,35%. Em Frankfurt, os ganhos ficaram em 0,67%.
Apesar do enfraquecimento
das commodities, as ações brasileiras de empresas como Petrobras e Vale terminaram o
pregão com valorização.
A maior alta do dia ficou nas
mãos da Vivo, que terminou
com ganhos de 5,19%. A empresa anunciou ontem lucro trimestral de R$ 340 milhões
-um crescimento de 154%.
Na sequência apareceu a
ação preferencial da Brasil Telecom, que avançou 4,04%.
A Gerdau foi outra companhia que apresentou balanço
bem recebido pelo mercado, e
seu papel PN ganhou 2,03%.
Pela manhã o Ibovespa chegou a operar no vermelho, atingindo na mínima 63.699 pontos, mas reagiu com a melhora
de suas ações mais negociadas:
Petrobras PN teve alta de
1,96%, e Vale PNA, de 0,76%.
Localmente, houve ainda os
dados da CNI (Confederação
Nacional da Indústria), que
mostraram recuperação da atividade em setembro.
No mercado de câmbio, o dólar registrou depreciação de
0,35% e terminou cotado a R$
1,722. A moeda norte-americana já recuou 1,99% nesta semana e passou a acumular depreciação de 26,2% em 2009.
Ontem, comentou-se muito
no mercado a possibilidade de
o governo anunciar em breve
novas medidas para tentar conter a apreciação do real. Mesmo
assim, o dólar recuou.
Hoje a agenda norte-americana traz a apresentação do resultado de sua pesquisa mensal
de emprego. A expectativa dos
analistas é a de que a taxa de desemprego no país ainda tenha
subido em outubro.
"A taxa de desemprego nos
EUA deve atingir 9,9%, o maior
nível desde 1983, e o mercado
espera que ultrapasse os 10%
no início do próximo ano. A
destruição de postos de trabalho, que ocorrerá pelo 22º mês
consecutivo, deve atingir quase
7,5 milhões desde o início da recessão nos EUA, no final de
2007", afirma Elson Teles, economista-chefe da corretora
Concórdia.
Em setembro, a taxa de desemprego alcançou os 9,8% na
maior economia do mundo. Se
o resultado vier acima dos 9,9%
esperados, o mercado deve ter
uma reação negativa.
"O relatório de emprego deve
continuar mostrando fraqueza
nas condições do mercado de
trabalho nos Estados Unidos,
que continuará pesando como
um fator limitador para a retomada do crescimento econômico naquele país", concluiu o
economista.
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