São Paulo, sexta-feira, 06 de novembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br MAIS UMA GRANDE Se confirmadas as expectativas mais otimistas da Conab, a safra de grãos de 2009/10 deve subir para 141,7 milhões de toneladas, a segunda maior da história do país. Em 2007/8, foi de 144,1 milhões. OS DESTAQUES Os dados divulgados ontem indicam que a soja manterá a liderança, podendo atingir 63,6 milhões de toneladas, 11,4% a mais do que em 2008/9. Já a safra de milho ficará estável em 52 milhões de toneladas. INSTRUMENTOS Gerardo Fontelles, da Agricultura, diz que as expectativas para a próxima colheita são boas. Para ele, o governo agiu de forma estratégica, estabelecendo instrumentos financeiros que reduzem os riscos operacionais dos produtores. MAS HÁ UM PROBLEMA A safra deve ser grande, mas o problema será a falta de renda para o produtor, devido à valorização do real, segundo Cesário Ramalho, da Sociedade Rural Brasileira, entidade que está completando 90 anos. POUCO EFEITO? As medidas anunciadas pelo governo para conter a valorização do real podem até auxiliar no ritmo de queda do dólar, segundo João Sampaio, secretário paulista de Agricultura. "O problema são os juros altos, que atraem capital." CORREÇÃO DE ROTA "A agenda agrícola deve ser mudada. Só se fala em problemas ambientais, esquecendo-se de custos e da falta de renda para os produtores", diz Ramalho. Se não houver uma correção de rota, a questão da dívida voltará forte no final da safra, segundo ele. CLIMA BOM O clima voltou mais uma vez a ditar os rumos do mercado de commodities agrícolas. As boas condições de colheita nos Estados Unidos empurraram para baixo os preços em Chicago. AGROINDÚSTRIAS Pelo menos 50 agroindústrias estão reunidas em Bento Gonçalves (RS), na Frutal Cone Sul, feira que tem como objetivo aumentar os negócios do setor na região e capacitar os pequenos produtores, principalmente os de frutas. NÃO SÓ AQUI As multinacionais continuam interessadas na produção de álcool. E não é só por aqui. A Cargill acaba de adquirir uma indústria de álcool em Nebrasca (EUA). Iniciada no período do boom da energia renovável, a construção havia sido interrompida em 2007. FÁBRICA NO BRASIL A Lavazza continua procurando um lugar para a construção de uma torrefadora no Brasil, informou Gaetano Mele à Reuters, em Milão. Texto Anterior: Bovespa volta a subir e se aproxima dos 65 mil pontos Próximo Texto: Tecnologia: Google lança ferramenta que vê histórico do internauta Índice

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