|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELEBRÁS
Situação do país melhorou, diz Barros
Governo desiste de antecipar recursos
da Sucursal de Brasília
O Ministério das Comunicações
decidiu abandonar as negociações
para antecipar a entrada no país
dos recursos obtidos com a privatização da Telebrás, informou ontem o ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros.
O ministro vinha negociando essa antecipação com a Telecom Italia, que é acionista da Tele Centro
Sul, da Tele Celular Sul e da Tele
Nordeste Celular.
Para Mendonça de Barros, a antecipação se tornou desnecessária
porque "a situação do Brasil melhorou" no cenário internacional.
No mês passado, ele conseguiu
antecipar a entrada de US$ 3,885
bilhões (pagos pela Telefónica de
España e pela Portugal Telecom).
Os recursos aumentaram as reservas do país, mas foram insuficientes para compensar a saída de
dólares provocada pela crise.
"Aquilo (a antecipação de outubro) foi importante para demonstrar confiança no país. Mas agora
não existe a importância daquele
momento", disse o ministro.
A operação realizada em outubro está sendo analisada pelo Tribunal de Contas da União, que investiga a possibilidade de ela ter reduzido o valor final obtido com a
privatização da Telebrás.
O ministério também desistiu de
vender, ainda neste ano, o pacote
de 25% das ações da Tele Norte
Leste que está com o BNDESPar
(empresa de participações do
BNDES). "Neste ano não dá mais",
disse o ministro.
Compradas por R$ 850 milhões,
as ações estão avaliadas em mais
de R$ 1 bilhão. A Telecom Italia já
ofereceu R$ 1,03 bilhão por esse
bloco acionário.
Por trás desse adiamento está um
desentendimento entre Mendonça
de Barros e o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, Renato Guerreiro.
Para Guerreiro, a Telecom Italia
não pode adquirir as ações porque
ela é responsável pela gestão da Tele Centro Sul e de outras duas operadoras de telefonia celular.
O ministro defende os italianos e
vem negociando a participação deles na operação.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|