ARTHUR PEREIRA FILHO
da Reportagem Local

A Mercedes-Benz pretende dispensar pelo menos 5,3% dos 10.515 funcionários da fábrica de caminhões de São Bernardo até o dia 20.
A montadora anunciou ontem a abertura de programa de demissões voluntárias, que tem o objetivo de obter a adesão de 560 trabalhadores. A empresa admite aumentar o número de demissões se houver interessados.
Para os funcionários que decidirem aderir ao plano, a Mercedes oferece indenização equivalente a dois salários para quem tem até dez anos de empresa.
Funcionários com mais de 15 anos de casa recebem seis salários. O plano de saúde será mantido até 31 de maio.
As demissões voluntárias não valem para a fábrica de Campinas, que têm 1.110 funcionários.
A montadora diz que os cortes são necessários para adequar a produção à queda de vendas. Com a redução de funcionários, a produção diária de caminhões e chassis de ônibus vai cair de 165 unidades para 140.
Além de abrir o programa de demissões, a Mercedes está recorrendo à paralisação da linha de montagem para evitar formação de estoques.
A empresa, que interrompeu a produção ontem, vai parar também entre segunda e quarta-feira da próxima semana. Dará mais quatro dias de folga -ainda não definidos- até dia 30, quando começam as férias coletivas de final de ano. A fábrica volta a funcionar somente no dia 4 de janeiro.
A Mercedes-Benz é a quarta montadora a abrir um plano de demissões voluntárias este ano.

Demissões na Scania
A Scania, fabricante de caminhões e ônibus, encerrou o programa de demissões voluntárias aberto no dia 19. Houve adesão de 60 funcionários -40 da linha de montagem e 20 do setor administrativo. A empresa agora tem 2.640 empregados.
O programa da General Motors, que vai até dia 30 deste mês, havia recebido cerca de 1.800 adesões até a semana passada.
A primeira a promover demissões voluntárias em 98 foi a Ford. O programa foi iniciado no começo do ano. Apesar de poucas adesões, permanece aberto.



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