São Paulo, quarta-feira, 06 de dezembro de 2006

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Com capital externo, Bolsa supera os 43 mil pontos

Bovespa termina pregão com valorização de 1,18%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A alta de 1,18% marcada no pregão de ontem levou a Bovespa pela primeira vez acima dos 43 mil pontos. Empurrada pelo apetite dos estrangeiros por ativos de maior risco -como as ações brasileiras-, a Bolsa de Valores de São Paulo alcançou ontem os 43.157 pontos, seu novo pico histórico.
A entrada de recursos externos na Bolsa registrada em novembro -R$ 1,489 bilhão líquido- fez com que o saldo das operações dos estrangeiros no mercado acionário brasileiro voltasse a ficar positivo no acumulado do ano. Em 2006, até o fim de novembro, as compras de ações feitas pelos estrangeiros bateu as vendas em R$ 692,25 milhões.
No primeiro dia de dezembro, o ritmo de entrada de capital externo seguiu forte, somando R$ 96,13 milhões.
Respondendo pela fatia de 33,32% da movimentação financeira da Bovespa em novembro, os estrangeiros se mantiveram como a categoria de investidores de maior peso do mercado.
A segunda posição ficou nas mãos dos investidores institucionais (como fundos de pensão e entidades de previdência privada), com participação de 28,01%. Em seguida ficou a pessoa física, com 25,89%.
Na Bolsa de Valores argentina, o índice Merval também fechou em nova máxima histórica, ao subir 0,99%. No México, o principal índice do mercado acionário, o IPC, também atingiu novo recorde ontem, após registrar valorização de 1,52%.
A divulgação de números que apontaram que o setor de serviços norte-americano está mais aquecido que o esperado animou os investidores. Em Wall Street, o dia também foi de alta.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, registrou valorização de 0,39%. A Nasdaq -Bolsa eletrônica de ações de empresas de alta tecnologia- subiu 0,16%.
Na Bolsa paulista, a alta das ações da Vale do Rio Doce e da Petrobras, que são as que têm maior peso no índice Ibovespa, favoreceram a quebra de mais um recorde.
As ações PNA (preferenciais "A") da Vale subiram 3,54%, e as ON (ordinárias), 3,01%. E os papéis da Petrobras tiveram ganho de 1,35% (ON) e 1,10% (PN) no pregão de ontem.

Tranqüilidade no câmbio
O cenário favorável permitiu que o real se recuperasse dos recuos recentes. O dólar terminou as operações de ontem vendido a R$ 2,152, com queda de 0,60% diante do real.
O mercado espera que o câmbio não traga surpresas, como mostrou a última pesquisa semanal feita pelo Banco Central com uma centena de instituições financeiras.
A pesquisa apontou que a projeção média do mercado é que o dólar vai terminar o ano em R$ 2,15. Para o fim de 2007, o levantamento mostra que a expectativa é que a moeda estrangeira esteja em torno de R$ 2,25.

Juros
Apesar de a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) ter projetado uma pressão inflacionária acima do esperado para este mês, as taxas futuras de juros terminaram em baixa na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Segundo a Fipe, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) deve atingir neste mês sua maior taxa em 45 meses, ficando próxima dos 1,3%.
Mesmo assim, os juros caíram. No contrato futuro que vence daqui a um ano, a taxa caiu de 12,73% para 12,66%. No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) com resgate daqui a 24 meses, a taxa projetada recuou de 12,92% para 12,81%.


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