|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Com capital externo, Bolsa supera os 43 mil pontos
Bovespa termina pregão com valorização de 1,18%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A alta de 1,18% marcada no
pregão de ontem levou a Bovespa pela primeira vez acima dos
43 mil pontos. Empurrada pelo
apetite dos estrangeiros por
ativos de maior risco -como as
ações brasileiras-, a Bolsa de
Valores de São Paulo alcançou
ontem os 43.157 pontos, seu
novo pico histórico.
A entrada de recursos externos na Bolsa registrada em novembro -R$ 1,489 bilhão líquido- fez com que o saldo das
operações dos estrangeiros no
mercado acionário brasileiro
voltasse a ficar positivo no acumulado do ano. Em 2006, até o
fim de novembro, as compras
de ações feitas pelos estrangeiros bateu as vendas em
R$ 692,25 milhões.
No primeiro dia de dezembro, o ritmo de entrada de capital externo seguiu forte, somando R$ 96,13 milhões.
Respondendo pela fatia de
33,32% da movimentação financeira da Bovespa em novembro, os estrangeiros se
mantiveram como a categoria
de investidores de maior peso
do mercado.
A segunda posição ficou nas
mãos dos investidores institucionais (como fundos de pensão e entidades de previdência
privada), com participação de
28,01%. Em seguida ficou a pessoa física, com 25,89%.
Na Bolsa de Valores argentina, o índice Merval também fechou em nova máxima histórica, ao subir 0,99%. No México,
o principal índice do mercado
acionário, o IPC, também atingiu novo recorde ontem, após
registrar valorização de 1,52%.
A divulgação de números que
apontaram que o setor de serviços norte-americano está mais
aquecido que o esperado animou os investidores. Em Wall
Street, o dia também foi de alta.
O índice Dow Jones, da Bolsa
de Nova York, registrou valorização de 0,39%. A Nasdaq
-Bolsa eletrônica de ações de
empresas de alta tecnologia-
subiu 0,16%.
Na Bolsa paulista, a alta das
ações da Vale do Rio Doce e da
Petrobras, que são as que têm
maior peso no índice Ibovespa,
favoreceram a quebra de mais
um recorde.
As ações PNA (preferenciais
"A") da Vale subiram 3,54%, e
as ON (ordinárias), 3,01%. E os
papéis da Petrobras tiveram ganho de 1,35% (ON) e 1,10% (PN)
no pregão de ontem.
Tranqüilidade no câmbio
O cenário favorável permitiu
que o real se recuperasse dos
recuos recentes. O dólar terminou as operações de ontem
vendido a R$ 2,152, com queda
de 0,60% diante do real.
O mercado espera que o câmbio não traga surpresas, como
mostrou a última pesquisa semanal feita pelo Banco Central
com uma centena de instituições financeiras.
A pesquisa apontou que a
projeção média do mercado é
que o dólar vai terminar o ano
em R$ 2,15. Para o fim de 2007,
o levantamento mostra que a
expectativa é que a moeda estrangeira esteja em torno de
R$ 2,25.
Juros
Apesar de a Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas) ter projetado uma pressão inflacionária acima do esperado para este mês, as taxas
futuras de juros terminaram
em baixa na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros).
Segundo a Fipe, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor)
deve atingir neste mês sua
maior taxa em 45 meses, ficando próxima dos 1,3%.
Mesmo assim, os juros caíram. No contrato futuro que
vence daqui a um ano, a taxa
caiu de 12,73% para 12,66%. No
contrato DI (Depósito Interfinanceiro) com resgate daqui a
24 meses, a taxa projetada recuou de 12,92% para 12,81%.
Texto Anterior: Só 2% concentram metade da riqueza mundial, diz estudo Próximo Texto: Vaivém das commodities Índice
|