DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A expectativa do mercado é que, mais uma vez, a meta de inflação fixada pelo governo não seja cumprida no ano que vem.
Levantamento do BC com bancos e consultorias projeta uma alta de 8% para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2004 -a previsão anterior estava em 7,9%. A meta para o ano que vem é de uma inflação de 3,75%, com margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais.
Os valores foram fixados durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso, mas continuam em vigor. O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) já afirmou que não pretende modificá-los.
O sistema de metas de inflação foi implantado no Brasil há quatro anos. Desde então, apenas em 1999 e 2000 os objetivos estabelecidos foram cumpridos. Nos últimos dois anos, a alta do dólar tem sido o principal fator de pressão sobre os preços.
A pesquisa feita pelo BC aponta uma inflação de 11% neste ano -acima, portanto, dos 6,5% fixados pelo teto da meta do governo.
Para o ano passado, o teto da meta era de 5,5%. A expectativa do mercado é que a alta do IPCA em 2002 tenha chegado a 12,6% -entre janeiro e novembro, a alta acumulada foi de 10,2%.
A pesquisa feita pelo BC mostra também que o mercado continua pessimista em relação ao câmbio.
Segundo o levantamento, a cotação do dólar deverá chegar a R$ 3,70 até o final deste ano e a R$ 3,80 até dezembro de 2004.


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