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Tesouro faz primeira emissão de títulos da dívida no exterior após início da crise
JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Tesouro Nacional anunciou ontem a primeira emissão
de títulos da dívida brasileira
no exterior desde o início da
crise internacional, aumentando o endividamento externo do
país. Pela primeira vez em oito
meses, foram oferecidos papéis
nos mercados dos Estados Unidos e na Europa.
Até o fechamento desta edição, o Tesouro não havia divulgado o resultado dos leilões,
com o valor vendido e os juros.
Os títulos têm prazo de dez
anos -vencem em 2019.
A última emissão de títulos
federais da dívida externa do
Brasil foi no dia 7 de maio de
2008, a única do ano passado,
quando foram vendidos US$
525 milhões dos títulos soberanos chamados de Global Bonds
com vencimento em 2017.
Naquela época, o Brasil ainda
não tinha recebido o "Investment Grade" de duas agências
de classificação de risco. A crise
internacional também não tinha chegado ao pior período, o
que só ocorreu em setembro.
A emissão de títulos públicos
no exterior serve de referência
para as empresas brasileiras
que querem captar dinheiro no
mercado externo, emitindo títulos privados. Sem os papéis
do governo, os investidores internacionais ficam sem parâmetro sobre o risco e os juros
que devem aceitar. Por isso,
mesmo sem precisar de financiamento, o país deve fazer periodicamente uma emissão.
A dívida externa do governo
federal é de US$ 130 bilhões e
representa apenas 9,5% da dívida federal total, segundo dados do Tesouro de novembro.
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