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Fed se divide sobre fim de programas
de estímulo nos EUA
BC americano vê condições melhores no mercado para impulsionar recuperação da economia
DA REDAÇÃO
O Fed (Federal Reserve, o
banco central dos Estados Unidos) afirmou que as condições
do mercado financeiro melhoraram, oferecendo mais condições para a economia continuar com a sua retomada, mas
ainda há dúvidas se a maior
economia global vai conseguir
manter a sua recuperação sem
a ajuda do governo.
A ata da última reunião do
Fed no ano passado, realizada
em dezembro, mostra que a entidade está dividida sobre o fim
dos programas de estímulo de
emergência que foram implementados nos últimos meses
para tirar a economia americana da pior recessão desde os
anos 1930.
No encontro, "alguns dos
membros" do comitê do BC que
define a taxa de juros disseram
que "mais medidas de estímulo" podem ser necessárias se a
economia se desacelerar ou se o
mercado imobiliário, que continua ruim, piorar ainda mais.
Ao mesmo, alguns dos programas implementados pelo Fed
para que os bancos facilitassem
o crédito vêm sendo reduzidos.
A divisão do banco central
dos Estados Unidos mostra as
dúvidas que ainda pairam sobre a economia do país. O próprio texto da ata da reunião do
Fed mostra essas contradições.
Nele, o organismo diz que o
ritmo de corte de vagas se desacelerou bastante, mas a taxa de
desemprego permanece alta; a
produção industrial continuou
a se expandir, porém a capacidade instalada continua muito
baixa; os gastos com equipamentos e softwares estão se estabilizando, mas os investimentos na área não residencial
caem cada vez mais.
Um dos principais focos de
preocupação é o setor imobiliário, no qual a crise teve início.
Alguns dos integrantes do Fed
temem que a situação nesse
mercado piore quando chegar
ao fim o programa de ajuda da
entidade para as pessoas que
querem adquirir a sua primeira
residência.
Porém, apesar de o cenário
permanecer incerto, os membros do Fed, de modo geral, dizem que o mais provável é que o
crescimento econômico ganhe
força nos próximos dois anos, à
medida que as condições financeiras melhorem ainda mais
(ou seja, que os bancos emprestem mais para empresas e consumidores).
O Fed diz ainda que o crescimento do PIB neste ano e em
2011 deve ser um pouco maior
que o inicialmente previsto.
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