São Paulo, quinta-feira, 07 de janeiro de 2010

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Fed se divide sobre fim de programas de estímulo nos EUA

BC americano vê condições melhores no mercado para impulsionar recuperação da economia

DA REDAÇÃO

O Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) afirmou que as condições do mercado financeiro melhoraram, oferecendo mais condições para a economia continuar com a sua retomada, mas ainda há dúvidas se a maior economia global vai conseguir manter a sua recuperação sem a ajuda do governo.
A ata da última reunião do Fed no ano passado, realizada em dezembro, mostra que a entidade está dividida sobre o fim dos programas de estímulo de emergência que foram implementados nos últimos meses para tirar a economia americana da pior recessão desde os anos 1930.
No encontro, "alguns dos membros" do comitê do BC que define a taxa de juros disseram que "mais medidas de estímulo" podem ser necessárias se a economia se desacelerar ou se o mercado imobiliário, que continua ruim, piorar ainda mais. Ao mesmo, alguns dos programas implementados pelo Fed para que os bancos facilitassem o crédito vêm sendo reduzidos.
A divisão do banco central dos Estados Unidos mostra as dúvidas que ainda pairam sobre a economia do país. O próprio texto da ata da reunião do Fed mostra essas contradições.
Nele, o organismo diz que o ritmo de corte de vagas se desacelerou bastante, mas a taxa de desemprego permanece alta; a produção industrial continuou a se expandir, porém a capacidade instalada continua muito baixa; os gastos com equipamentos e softwares estão se estabilizando, mas os investimentos na área não residencial caem cada vez mais.
Um dos principais focos de preocupação é o setor imobiliário, no qual a crise teve início. Alguns dos integrantes do Fed temem que a situação nesse mercado piore quando chegar ao fim o programa de ajuda da entidade para as pessoas que querem adquirir a sua primeira residência.
Porém, apesar de o cenário permanecer incerto, os membros do Fed, de modo geral, dizem que o mais provável é que o crescimento econômico ganhe força nos próximos dois anos, à medida que as condições financeiras melhorem ainda mais (ou seja, que os bancos emprestem mais para empresas e consumidores).
O Fed diz ainda que o crescimento do PIB neste ano e em 2011 deve ser um pouco maior que o inicialmente previsto.


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