São Paulo, terça-feira, 07 de fevereiro de 2006

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MERCADO ABERTO

Fiesp lança ação contra fuga de indústria

Preocupada com a fuga de indústrias da cidade de São Paulo para o interior paulista e outros Estados, a Fiesp acaba de concluir um estudo sobre o processo de desindustrialização na capital e que será encaminhado ao governador Geraldo Alckmin e ao prefeito José Serra.
O estudo sugere políticas para evitar o agravamento do cenário. Entre as idéias que são defendidas, a realização de um trabalho para identificar as principais demandas das empresas e a definição de um plano de ação que vá de encontro aos gargalos.
"Além da identificação dos problemas de administração pública [segurança, transportes, educação, habitação etc.], o poder público pode atuar como indutor do desenvolvimento ao ajudar na obtenção, por exemplo de crédito, tecnologia e capacitação de mão-de-obra", aponta o estudo, preparado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp.
O trabalho defende ainda que governo e prefeitura tomem como base vantagens comparativas do Estado -cita a região de Campinas, com a Unicamp, como pólo de atração de empresas de tecnologia- para buscar novos investimentos. E reivindica a criação de uma agência de desenvolvimento na capital, gerida pelos setores público e privado.
Quanto ao cenário no Estado, o estudo avalia que, apesar da saída de empresas de São Paulo nos últimos anos, não houve uma transferência linear do centro industrial da capital para o interior, e sim, em parte, um espraiamento da região metropolitana.
O processo de desconcentração também não levou funções superiores, pois escritórios de administração central e departamentos de engenharia e desenvolvimento de produtos permaneceram na antiga sede ou na unidade de produção principal. Mas atingiu especialmente empresas de menor valor agregado, que buscaram custos menores no interior e em outros Estados.

SAÚDE NA GÔNDOLA
De olho na preocupação crescente da população com a saúde, o Pão de Açúcar acaba de inaugurar um novo espaço dentro de seus supermercados dedicado a produtos naturais e de bem-estar. A loja, uma espécie de drogaria, oferece, por exemplo, suplementos alimentares e produtos farmacêuticos e segue tendência de segmentação da rede de varejo, que já desenvolveu espaços para vinhos, azeites e café. "Cada vez mais vamos nos aprofundar e oferecer uma variedade maior de determinados produtos", diz Paulo Lima, diretor regional do Pão de Açúcar. Para orientar os clientes desse espaço, que, por ora, funciona apenas em um supermercado da zona sul de São Paulo, a rede treinou uma equipe de funcionários. Já a definição dos produtos contou até com pesquisas em academias.

SUSPENSO
A "trading" Coinbra, do grupo francês Louis Dreyfus, obteve ontem liminar no Tribunal Regional Federal da 3ª Região que suspende a abertura de documentos prevista para hoje pela Secretaria de Direito Econômico. Os documentos foram apreendidos há duas semanas durante busca feita na empresa para investigar denúncia de suposto cartel na compra de laranjas para exportação de suco. A SDE vai tentar reverter a decisão da Justiça nos próximos dias.

LUZ, QUERO LUZ
A indústria brasileira de iluminação acaba de concluir um mapeamento do setor. Pesquisa da Abilux (associação do setor) com 604 empresas, no fim de 2005, mostrou que 38% são de micro ou pequeno porte -com receita anual de até R$ 2,13 milhões- e que 58% estão localizadas na Grande São Paulo. "De posse dessas informações, o setor terá melhores condições de avaliar quais as reais necessidades das nossas indústrias. Dessa forma, poderemos trabalhar para que gargalos tecnológicos sejam reduzidos por meio de investimentos precisos", afirma o presidente da Abilux, Carlos Eduardo Uchôa Fagundes.

GLAMOUR MARÍTIMO
A Royal Caribbean anunciou a encomenda do maior e mais caro navio de passageiros da história. Batizado de Project Genesis, a embarcação estará pronta em 2009, terá 220 mil toneladas, capacidade para 6.400 passageiros e orçamento de 900 milhões. Os números batem os do Queen Mary 2, com capacidade para 2.620 pessoas e custo de US$ 800 milhões.

INTERESSE NA CHINA
O vice-presidente José Alencar já começa a se preparar para a viagem à China, em março. Alencar participa amanhã de almoço com o CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China), em hotel em São Paulo, para discutir interesses empresariais. Participam do almoço o presidente da Vale do Rio Doce e da seção brasileira do CEBC, Roger Agnelli, e representantes de membros do conselho, como Sadia e BM&F.

PPPs
Enquanto o governo lança pacote de medidas para incentivar a construção civil, a Apeop (que reúne empresários de obras públicas) quer desenvolver as PPPs. Durante três meses, as consultorias KPMG, BDO Trevisan, Deloitte e Price Waterhouse estudarão projetos a serem apresentados a Estados e prefeituras.


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