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PAC não será alvo de nenhum corte, diz Lula
Presidente confirma redução em outros setores
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, no Rio,
que não vai cortar nem "um milésimo de centavo" dos recursos para o PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento).
Em discurso na assinatura de
convênio para a construção de
novo trecho do arco rodoviário
no Rio, Lula disse que vai contingenciar o Orçamento de
2007, mas poupará o PAC.
"Certamente vou contingenciar o Orçamento, mas não iremos mexer em um milésimo de
centavo do dinheiro garantido
para o PAC, porque o PAC é a
definição da prioridade."
O presidente voltou a prometer acompanhar de perto as
obras do programa de crescimento. "Cada obra dessas quero acompanhar pari passu, quero saber como está, por que não
saiu o projeto, por que não saiu
o dinheiro. Porque, se a gente
brinca, por um mês de atraso,
levam-se três ou quatro meses
para a conclusão da obra [...] O
porco só engorda se o olho do
dono estiver olhando."
Lula louvou seus programas
sociais, afirmando que sem eles
as dificuldades do país seriam
ainda maiores. Chegou a falar
que haveria mais mortes por
violência e até em "revolução".
"Se não estivéssemos cuidando de 7 milhões de trabalhadores rurais que recebem o salário mínimo, se não tivéssemos a
Loas [Lei Orgânica da Assistência Social], o Estatuto do Idoso,
o Bolsa Família, o ProJovem, o
ProUni, certamente nós teríamos gente se matando na rua
mais do que está se matando e,
quem sabe, tivesse gente falando em revolução todo dia neste
país, quando hoje a grande palavra-chave é como consolidar
a democracia."
O presidente criticou outros
projetos anunciados por governos anteriores. "Não queríamos fazer do PAC um pacote de
intenções, como já foi feito neste país dezenas de vezes."
Na presença do empresariado do Rio, pediu que a classe
participe das decisões e assuma
responsabilidades sociais.
Deutsche Bank
Em São Paulo, na ala de autoridades do aeroporto de Congonhas, Lula recebeu Clemens
Boersig, presidente do Deutsche Bank. Segundo a assessoria
de Presidência, Boersig demonstrou interesse em investir
no Brasil, especialmente nos
setores de biocombustível e de
programas habitacionais. Se
derem certo as tratativas entre
o banco e o governo, os aportes
deverão integrar o PAC.
Colaborou JOSÉ ALBERTO BOMBIG, da Reportagem Local
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