São Paulo, quarta-feira, 07 de fevereiro de 2007

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PAC não será alvo de nenhum corte, diz Lula

Presidente confirma redução em outros setores

RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, no Rio, que não vai cortar nem "um milésimo de centavo" dos recursos para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Em discurso na assinatura de convênio para a construção de novo trecho do arco rodoviário no Rio, Lula disse que vai contingenciar o Orçamento de 2007, mas poupará o PAC.
"Certamente vou contingenciar o Orçamento, mas não iremos mexer em um milésimo de centavo do dinheiro garantido para o PAC, porque o PAC é a definição da prioridade."
O presidente voltou a prometer acompanhar de perto as obras do programa de crescimento. "Cada obra dessas quero acompanhar pari passu, quero saber como está, por que não saiu o projeto, por que não saiu o dinheiro. Porque, se a gente brinca, por um mês de atraso, levam-se três ou quatro meses para a conclusão da obra [...] O porco só engorda se o olho do dono estiver olhando."
Lula louvou seus programas sociais, afirmando que sem eles as dificuldades do país seriam ainda maiores. Chegou a falar que haveria mais mortes por violência e até em "revolução". "Se não estivéssemos cuidando de 7 milhões de trabalhadores rurais que recebem o salário mínimo, se não tivéssemos a Loas [Lei Orgânica da Assistência Social], o Estatuto do Idoso, o Bolsa Família, o ProJovem, o ProUni, certamente nós teríamos gente se matando na rua mais do que está se matando e, quem sabe, tivesse gente falando em revolução todo dia neste país, quando hoje a grande palavra-chave é como consolidar a democracia."
O presidente criticou outros projetos anunciados por governos anteriores. "Não queríamos fazer do PAC um pacote de intenções, como já foi feito neste país dezenas de vezes."
Na presença do empresariado do Rio, pediu que a classe participe das decisões e assuma responsabilidades sociais.

Deutsche Bank
Em São Paulo, na ala de autoridades do aeroporto de Congonhas, Lula recebeu Clemens Boersig, presidente do Deutsche Bank. Segundo a assessoria de Presidência, Boersig demonstrou interesse em investir no Brasil, especialmente nos setores de biocombustível e de programas habitacionais. Se derem certo as tratativas entre o banco e o governo, os aportes deverão integrar o PAC.


Colaborou JOSÉ ALBERTO BOMBIG, da Reportagem Local

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