São Paulo, quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008

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Expansão tinha que ocorrer, mas em ritmo mais lento, dizem especialistas

DA SUCURSAL DO RIO

Diante da expansão de seus investimentos, a Petrobras tinha mesmo de ampliar seu efetivo, mas talvez não no ritmo atual, dizem especialistas. Ele afirmam ainda que, num cenário de preço do petróleo próximo a US$ 100, há um certo "relaxamento" com a questão do aumento de custos.
Para Luiz Otávio Broad, da Ágora, o aumento das contratações se reflete negativamente nos resultados da companhia, pois a produção não cresce na mesma velocidade da abertura de vagas. Tal efeito, diz, é transitório, pois a perspectiva é que a extração aumente.
Ele julga necessário o crescimento das admissões em razão da expansão dos investimentos da estatal. "Mas é difícil avaliar para quem vê de fora se havia a necessidade desse volume."
Adriano Pires, do CBIE (Centro Brasileiro de Infra-Estrutura), diz que o número de novos empregados é exagerado. Cita 2006, quando foram admitidos quase 8.000 funcionários próprios. "Empresa nenhuma no mundo contrata tanta gente em tão pouco tempo."
Para Nelson de Matos, analista do Banco do Brasil, o enxugamento dos quadros da companhia e seu forte crescimento "orgânico" impuseram a necessidade de contratar.
Segundo Pires, o lucro da Petrobras deve ter caído em 2007, apesar do aumento do preço do petróleo. Uma das causas, diz, foram as contratações.
De acordo com Broad, num cenário de preço mais baixo, as empresas focam mais na redução de custos. Com a alta dos preços, diz, provavelmente a Petrobras passa por um período de controle "menos rígido".

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