São Paulo, sexta-feira, 07 de março de 2008

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Cai a parcela do investimento estrangeiro em energia no país

Enquanto no ano passado o Brasil recebeu o maior volume de dinheiro estrangeiro para investimento direto em diversos setores, para a área de energia aconteceu o contrário.
Desde 1998, quando se começou a divulgar essas estatísticas, o setor de energia nunca teve uma participação tão baixa no total do investimento direto estrangeiro no país.
Em 2007, o Brasil recebeu um total de US$ 34,6 bilhões em investimento direto estrangeiro, o maior valor já registrado pela série estatística do Banco Central, iniciada em 1947.
Desse montante, US$ 2,1 bilhões foram destinados ao setor de energia, uma participação de apenas 6% do total.
Em 2006, o volume de dinheiro de fora voltado para energia tinha somado US$ 3,1 bilhões, 14% do total do investimento direto estrangeiro.
A queda de 2006 para 2007 foi significativa, num dos setores que mais necessitam de investimentos no país.
Os cálculos são do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, com base em estatísticas do Banco Central e do Ministério de Minas e Energia.
Em valores nominais, o investimento em energia não é muito alto. De 2001 a 2007, a média anual é de US$ 2,1 bilhões e a participação do setor em relação ao total é de 10%.
Segundo Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, essa queda na participação do setor de energia no total do investimento estrangeiro se deve, principalmente, ao aumento do risco regulatório no país.
O investidor estrangeiro está com medo de investir em energia no país com tantas mudanças de regras.
Nos últimos dois anos, o setor foi vítima de constantes intervenções governamentais. A oitava rodada de licitação de campos de petróleo e gás, por exemplo, foi adiada há quase dois anos e a nova data ainda não foi marcada.
Já a nova rodada, no ano passado, sofreu a retirada de 41 blocos, por ter sido realizada logo depois da confirmação dos megacampos de Tupi e Júpiter, na bacia de Santos.
Além disso, o setor elétrico vem enfrentando constantes dificuldades de aprovações de licenças ambientais em diversos investimentos, principalmente para a construção de novas usinas hidrelétricas.
Para 2008, há expectativas de o investimento no setor se recuperar se por acaso algum grupo estrangeiro sair vitorioso no leilão da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), marcado para o dia 26.

NA FLOR DA IDADE
Quinze novos jovens bilionários entraram para o ranking dos mais ricos do mundo em 2008, segundo a "Forbes". Em 2007, eram 33 os homens e as mulheres com menos de 40 anos na lista. Neste ano, são 48 -e seis dos bilionários nem completaram 30 anos. Negócios ligados à internet e o aumento dos lançamentos de ações no mercado em IPOs (oferta pública inicial, na sigla em inglês) aumentaram a participação dos jovens no ranking. É o caso do norte-americano Mark Zuckerberg, 23, bilionário mais jovem do mundo, com fortuna de US$ 1,5 bilhão. Recém-formado em Harvard, ele é fundador do site de relacionamentos Facebook, que, de acordo com a "Forbes", tem 66 milhões de usuários ativos.

IMAGEM INSTITUCIONAL
O maquiador Theo Carias vai migrar para o meio corporativo. Com sua equipe, ele passa a fazer consultoria de maquiagem, beleza e estilo corporativos, em que ensinam funcionários de empresas a melhorar sua aparência. Além de influenciar o relacionamento com o cliente, segundo ele, o cuidado com a aparência é uma ferramenta de recursos humanos e contribui para a auto-estima. O maquiador já fechou com clientes como Spezzato e Melissa.

BATE-BOLA
O presidente Lula deve bater uma bola com o ex-jogador de futebol Zinédine Zidane, no dia 16, na inauguração de uma quadra poliesportiva na favela de Heliópolis, em São Paulo. O craque francês é garoto-propaganda da Adidas e virá ao Brasil para participar do lançamento de diversos projetos sociais da marca de material esportivo com a Unas, que é a associação de moradores de Heliópolis e São João Clímaco.

UTENSÍLIOS
A Whirlpool, fabricante da Brastemp e da Consul, lança sua primeira marca global de eletrodomésticos no Brasil, a KitchenAid, voltada para o segmento de luxo.

PREFÁCIO
O Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), a CBL (Câmara Brasileira do Livro) e a Abrelivros (Associação Brasileira dos Editores de Livros) encomendaram à FGV uma pesquisa sobre o que aconteceu com os preços dos livros depois da desoneração tributária do setor, em 2004. Segundo Roberto Feith, diretor da editora Objetiva e do Snel, serão analisados os preços do varejo e de 80% do catálogo de 15 editoras, a serem escolhidas pela FGV, entre 2004 e 2007 e de 2008 a 2011."A intenção é apurar o que aconteceu desde a desoneração e o comportamento dos preços a partir de agora", diz Feith. "A partir daí poderemos fazer uma discussão tecnicamente consistente."

CHAMADA
Vivo e Nokia lançam na próxima semana a combinação de um aparelho com um software que pode ser usado por deficientes visuais. O programa funciona como leitor de tela que informa com voz os pontos de navegação do menu. Em parceria com a instituição Laramara, o aparelho E65 foi escolhido para instalar o programa.

MADEIRA
O resseguro das obras da usina hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira, será feito pelo IRB-Brasil Re. O prêmio total é de R$ 18 milhões.

PLANALTO
A unidade do Ibmec de Brasília abre as portas em abril. A instituição oferece MBA em gestão de negócios e finanças. Em agosto, começam as aulas do CBA (Certificate in Business Administration), para profissionais recém-formados.

BALANÇA
O faturamento da unidade brasileira da T-Systems cresceu 1,45% em 2007. A receita líquida foi de R$ 272 milhões, contra R$ 268 milhões em 2006.

BATISMO
A casa de espetáculos Tom Brasil, em São Paulo, será reinaugurada, no dia 26, com o nome de HSBC Brasil.


com JOANA CUNHA, VERENA FORNETTI e CRISTIANE BARBIERI

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