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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Cai a parcela do investimento estrangeiro em energia no país
Enquanto no ano passado o
Brasil recebeu o maior volume
de dinheiro estrangeiro para
investimento direto em diversos setores, para a área de energia aconteceu o contrário.
Desde 1998, quando se começou a divulgar essas estatísticas, o setor de energia nunca teve uma participação tão baixa
no total do investimento direto
estrangeiro no país.
Em 2007, o Brasil recebeu
um total de US$ 34,6 bilhões
em investimento direto estrangeiro, o maior valor já registrado pela série estatística do Banco Central, iniciada em 1947.
Desse montante, US$ 2,1 bilhões foram destinados ao setor de energia, uma participação de apenas 6% do total.
Em 2006, o volume de dinheiro de fora voltado para
energia tinha somado US$ 3,1
bilhões, 14% do total do investimento direto estrangeiro.
A queda de 2006 para 2007
foi significativa, num dos setores que mais necessitam de investimentos no país.
Os cálculos são do Centro
Brasileiro de Infra-Estrutura,
com base em estatísticas do
Banco Central e do Ministério
de Minas e Energia.
Em valores nominais, o investimento em energia não é
muito alto. De 2001 a 2007, a
média anual é de US$ 2,1 bilhões e a participação do setor
em relação ao total é de 10%.
Segundo Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, essa queda na
participação do setor de energia no total do investimento estrangeiro se deve, principalmente, ao aumento do risco regulatório no país.
O investidor estrangeiro está
com medo de investir em energia no país com tantas mudanças de regras.
Nos últimos dois anos, o setor foi vítima de constantes intervenções governamentais. A
oitava rodada de licitação de
campos de petróleo e gás, por
exemplo, foi adiada há quase
dois anos e a nova data ainda
não foi marcada.
Já a nova rodada, no ano passado, sofreu a retirada de 41
blocos, por ter sido realizada logo depois da confirmação dos
megacampos de Tupi e Júpiter,
na bacia de Santos.
Além disso, o setor elétrico
vem enfrentando constantes
dificuldades de aprovações de
licenças ambientais em diversos investimentos, principalmente para a construção de novas usinas hidrelétricas.
Para 2008, há expectativas
de o investimento no setor se
recuperar se por acaso algum
grupo estrangeiro sair vitorioso
no leilão da Cesp (Companhia
Energética de São Paulo), marcado para o dia 26.
NA FLOR DA IDADE
Quinze novos jovens bilionários entraram para o ranking
dos mais ricos do mundo em 2008, segundo a "Forbes". Em
2007, eram 33 os homens e as mulheres com menos de 40
anos na lista. Neste ano, são 48 -e seis dos bilionários nem
completaram 30 anos. Negócios ligados à internet e o aumento dos lançamentos de ações no mercado em IPOs (oferta pública inicial, na sigla em inglês) aumentaram a participação dos jovens no ranking. É o caso do norte-americano
Mark Zuckerberg, 23, bilionário mais jovem do mundo, com
fortuna de US$ 1,5 bilhão. Recém-formado em Harvard, ele é
fundador do site de relacionamentos Facebook, que, de acordo com a "Forbes", tem 66 milhões de usuários ativos.
IMAGEM INSTITUCIONAL
O maquiador Theo Carias vai
migrar para o meio corporativo. Com sua equipe, ele passa a
fazer consultoria de maquiagem, beleza e estilo corporativos, em que ensinam funcionários de empresas a melhorar
sua aparência. Além de influenciar o relacionamento com o
cliente, segundo ele, o cuidado
com a aparência é uma ferramenta de recursos humanos e
contribui para a auto-estima. O
maquiador já fechou com clientes como Spezzato e Melissa.
BATE-BOLA
O presidente Lula deve
bater uma bola com o ex-jogador de futebol Zinédine
Zidane, no dia 16, na inauguração de uma quadra poliesportiva na favela de Heliópolis, em São Paulo. O craque francês é garoto-propaganda da Adidas e virá ao
Brasil para participar do lançamento de diversos projetos sociais da marca de material esportivo com a Unas,
que é a associação de moradores de Heliópolis e São
João Clímaco.
UTENSÍLIOS
A Whirlpool, fabricante da
Brastemp e da Consul, lança
sua primeira marca global
de eletrodomésticos no Brasil, a KitchenAid, voltada para o segmento de luxo.
PREFÁCIO
O Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), a
CBL (Câmara Brasileira do
Livro) e a Abrelivros (Associação Brasileira dos Editores de Livros) encomendaram à FGV uma pesquisa sobre o que aconteceu com os
preços dos livros depois da
desoneração tributária do
setor, em 2004. Segundo
Roberto Feith, diretor da
editora Objetiva e do Snel,
serão analisados os preços
do varejo e de 80% do catálogo de 15 editoras, a serem escolhidas pela FGV, entre
2004 e 2007 e de 2008 a
2011."A intenção é apurar o
que aconteceu desde a desoneração e o comportamento
dos preços a partir de agora",
diz Feith. "A partir daí poderemos fazer uma discussão
tecnicamente consistente."
CHAMADA
Vivo e Nokia lançam na
próxima semana a combinação de um aparelho com um
software que pode ser usado
por deficientes visuais. O
programa funciona como
leitor de tela que informa
com voz os pontos de navegação do menu. Em parceria
com a instituição Laramara,
o aparelho E65 foi escolhido
para instalar o programa.
MADEIRA
O resseguro das obras da
usina hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira, será
feito pelo IRB-Brasil Re. O
prêmio total é de R$ 18 milhões.
PLANALTO
A unidade do Ibmec de
Brasília abre as portas em
abril. A instituição oferece
MBA em gestão de negócios
e finanças. Em agosto, começam as aulas do CBA
(Certificate in Business Administration), para profissionais recém-formados.
BALANÇA
O faturamento da unidade
brasileira da T-Systems
cresceu 1,45% em 2007. A
receita líquida foi de R$ 272
milhões, contra R$ 268 milhões em 2006.
BATISMO
A casa de espetáculos Tom
Brasil, em São Paulo, será
reinaugurada, no dia 26,
com o nome de HSBC Brasil.
com JOANA CUNHA, VERENA FORNETTI e CRISTIANE BARBIERI
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