|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Bovespa avança 7,1% em sete dias e chega aos 39.285 pontos; dólar tem sexta queda consecutiva
Bolsa atinge recorde pela 16ª vez no ano
DEISE DE OLIVEIRA
DA FOLHA ONLINE
A crise política parece não trazer
mais conseqüências negativas para o mercado financeiro. A Bolsa
de Valores de São Paulo subiu ontem pelo sétimo dia seguido e
atingiu novo recorde histórico de
pontuação. O dólar, por sua vez,
cravou a sexta queda consecutiva.
O Ibovespa, índice com as 57
ações de maior liquidez da Bolsa,
fechou com valorização de 0,59%,
aos 39.285 pontos-novo recorde
e o 16º do ano. Em sete dias, a valorização já chega a 7,10%.
"A Bovespa acompanhou Nova
York durante todo o dia. A partir
das 15h, descolaram-se. Nasdaq e
Dow Jones começaram a realizar,
e a Bovespa seguiu seu rumo",
afirma Jason Vieira, economista
da GRC Visão.
O desempenho positivo na Bolsa paulista foi impulsionado pelas
ações do setor de siderurgia e da
Petrobras. As ações da Arcelor
Brasil avançaram 1,8% e registraram o terceiro maior giro financeiro do dia, com quase R$ 95 milhões, atrás somente de Petrobras
(R$ 198,55 milhões) e Vale do Rio
Doce (R$138,92 milhões). O volume financeiro total da Bolsa somou R$ 2,158 bilhões.
De acordo com Vieira, a visão
dos investidores sobre o Brasil é
muito positiva. A aceitação das
mudanças no Ministério da Fazenda e no Banco Central (leia
texto à pág. B4) e os fundamentos
da economia preservados garantem a atratividade ao mercado
brasileiro.
Nos EUA
Nos EUA, o índice Dow Jones,
principal indicador da Bolsa de
Nova York, caiu 0,21%. O Standard & Poor's 500 recuou 0,19%.
A Bolsa Nasdaq registrou ligeira
alta de 0,06%.
Entre os principais fatores que
impediram o avanço dos negócios em Wall Street nas últimas
horas do pregão, estão a alta do
petróleo e a realização de lucros
dos investidores. O temor dos investidores em assumir posições
antes da divulgação do relatório
de emprego de março, hoje, também prejudicou as negociações.
Dólar
O dólar fechou em baixa de
0,19%, cotado a R$ 2,130. Em seis
dias, a desvalorização da moeda
dos EUA foi de 3,79%. A queda só
não foi mais acentuada devido à
cautela dos investidores em relação à taxa de juros americana.
O risco-país registrou 239 pontos, acréscimo de 0,42%.
Texto Anterior: Produção de carro é recorde, mas câmbio preocupa Próximo Texto: Sem avanço: Russos querem indústria, e não agro no Brasil Índice
|