São Paulo, sexta-feira, 07 de abril de 2006

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa avança 7,1% em sete dias e chega aos 39.285 pontos; dólar tem sexta queda consecutiva

Bolsa atinge recorde pela 16ª vez no ano

DEISE DE OLIVEIRA
DA FOLHA ONLINE

A crise política parece não trazer mais conseqüências negativas para o mercado financeiro. A Bolsa de Valores de São Paulo subiu ontem pelo sétimo dia seguido e atingiu novo recorde histórico de pontuação. O dólar, por sua vez, cravou a sexta queda consecutiva. O Ibovespa, índice com as 57 ações de maior liquidez da Bolsa, fechou com valorização de 0,59%, aos 39.285 pontos-novo recorde e o 16º do ano. Em sete dias, a valorização já chega a 7,10%.
"A Bovespa acompanhou Nova York durante todo o dia. A partir das 15h, descolaram-se. Nasdaq e Dow Jones começaram a realizar, e a Bovespa seguiu seu rumo", afirma Jason Vieira, economista da GRC Visão.
O desempenho positivo na Bolsa paulista foi impulsionado pelas ações do setor de siderurgia e da Petrobras. As ações da Arcelor Brasil avançaram 1,8% e registraram o terceiro maior giro financeiro do dia, com quase R$ 95 milhões, atrás somente de Petrobras (R$ 198,55 milhões) e Vale do Rio Doce (R$138,92 milhões). O volume financeiro total da Bolsa somou R$ 2,158 bilhões.
De acordo com Vieira, a visão dos investidores sobre o Brasil é muito positiva. A aceitação das mudanças no Ministério da Fazenda e no Banco Central (leia texto à pág. B4) e os fundamentos da economia preservados garantem a atratividade ao mercado brasileiro.

Nos EUA
Nos EUA, o índice Dow Jones, principal indicador da Bolsa de Nova York, caiu 0,21%. O Standard & Poor's 500 recuou 0,19%. A Bolsa Nasdaq registrou ligeira alta de 0,06%.
Entre os principais fatores que impediram o avanço dos negócios em Wall Street nas últimas horas do pregão, estão a alta do petróleo e a realização de lucros dos investidores. O temor dos investidores em assumir posições antes da divulgação do relatório de emprego de março, hoje, também prejudicou as negociações.

Dólar
O dólar fechou em baixa de 0,19%, cotado a R$ 2,130. Em seis dias, a desvalorização da moeda dos EUA foi de 3,79%. A queda só não foi mais acentuada devido à cautela dos investidores em relação à taxa de juros americana.
O risco-país registrou 239 pontos, acréscimo de 0,42%.


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