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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Venda de sobra de energia avança no governo
O consumidor livre -aquele
que consome grande volume de
energia elétrica e que é livre para escolher o seu fornecedor-
poderá em breve ter o direito
de negociar livremente o excedente de energia que contratou
mas não conseguiu usar.
O senador Renato Casagrande (PSB-ES), autor do projeto
de lei 402/09 -que libera consumidores livres a negociarem
a energia ociosa dos contratos
fechados no mercado livre-,
prevê que até junho o projeto
seja aprovado no Senado.
Em fevereiro, a Comissão de
Assuntos Econômicos aprovou
o parecer sobre o projeto, que
agora está em trâmite na Comissão de Infraestrutura.
Atualmente, o consumidor
livre não pode vender a energia
não consumida a um terceiro
agente. A parcela não utilizada
é liquidada pela CCEE (Câmara
de Comercialização de Energia
Elétrica) e valorada segundo o
PLD (Preço de Liquidação das
Diferenças) vigente na semana.
"No PLD, os preços tendem a
ser mais baixos e imprevisíveis.
O consumidor não tem como
prever a receita com a venda no
mercado "spot'", diz Paulo Pedrosa, presidente da Abraceel
(Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia).
A aprovação do projeto, segundo Pedrosa, irá aumentar a
eficiência do setor elétrico,
contribuindo para ampliar a
oferta futura de energia, com
contratos de longo prazo.
A liberação é reivindicação
antiga do setor, que foi agravada nos piores meses da crise,
quando os excedentes de energia alcançaram o pico de 1.024
MW em dezembro de 2008, devido à redução natural do consumo por conta da queda da atividade econômica.
Além do projeto de lei, uma
portaria do Ministério de Minas e Energia que regulamenta
a venda do excedente foi a consulta pública e pode sair antes
do projeto, dizem agentes do
mercado. O ministério informa
que trabalha atualmente na regulamentação das diretrizes.
"A iniciativa da portaria é
correta, mas há alguns pontos,
como a vinculação ao prazo do
contrato, que poderiam ser
ajustados", diz Paulo Mayon,
da Compass Comercializadora.
Presidente da Continental vem ao Brasil
Jeff Smisek, o novo presidente da Continental Airlines, vem ao Brasil em maio
para a cerimônia que marcará a entrada da TAM na Star
Alliance, rede da qual a Continental faz parte.
Smisek assumiu o posto
em janeiro e ganhou fama ao
anunciar que não receberia
remuneração alguma até que
a companhia voltasse ao
azul. "Viramos especialistas
em perder dinheiro. Isso vai
acabar", disse Smisek à Folha, em Houston, no início
deste ano.
Uma das principais estratégias de Smisek, para reverter mais de US$ 1 bilhão em
prejuízo acumulado desde
2001, é aumentar o número
de serviços pagos.
Desde que assumiu, a companhia já aumentou tarifas
para o transporte de uma segunda bagagem e também a
cobrança por comida à bordo. Nas salas vips, bebida alcoólica de segunda linha é
gratuita, mas quem quiser
uísque ou vinho de qualidade
tem de pagar.
Quarta maior companhia
dos EUA, a Continental afirma que a mudança da rede de
alianças Sky Team para a
Star Alliance também vai aumentar o tráfego e ajudar a
alcançar a rentabilidade.
TUDO NOVO DE NOVO
Nascida nos Estados Unidos, a TerraCycle está à procura de parceiros no
Brasil para dar um destino a embalagens que não são facilmente recicláveis,
como aquelas de petiscos, salgadinhos e
chocolates. "Esse é um grande problema no mundo todo", diz Guilherme
Brammer, presidente da empresa no
Brasil. As atividades no país começaram, há cerca de seis meses, com a PepsiCo -a empresa financia o trabalho.
A coleta do lixo é realizada por voluntários, que se cadastram no site da TerraCycle e formam equipes nos seus locais de trabalho e condomínios.
As embalagens são enviadas pelo correio, com porte pago. Separadas, pesadas, rendem R$ 0,02 cada uma para
uma entidade social que a equipe queira ajudar. Esse dinheiro fica acumulado
na "conta" dos voluntários, os quais de
seis em seis meses pedem que o cheque
seja enviado à instituição. "Existe uma
auditoria para saber como os recursos
são empregados", afirma o presidente
da empresa.
RECEITA
Um dos grandes alvos do movimento de consolidação
por que tem passado o varejo brasileiro, as redes de farmácias no Brasil apresentaram um reajuste ainda pequeno em seu ranking de 2009. A cearense Pague Menos foi
líder em faturamento pelo segundo ano consecutivo, seguida por Drogasil (SP), Drogaria São Paulo (SP), Pacheco
(RJ) e Droga Raia (SP), de acordo com a lista que será divulgada hoje pela Abrafarma (Associação Brasileira de
Redes de Farmácias e Drogarias). No ranking que considera o número de lojas das associadas, a fluminense Pacheco foi a primeira colocada, à frente de Pague Menos,
Droga Raia, Drogasil e Panvel (RS).
NA LINHA
Está na mesa do conselho da Nextel a proposta da
subsidiária brasileira contendo o preço máximo que
ela pretende pagar para levar as últimas frequências
3G (telefonia de terceira
geração) no país. A venda
será feita pela Anatel no final deste mês e deve contar
com a participação de pelo
menos três operadoras que
hoje não atuam nesse segmento. A confirmação da
Nextel é do presidente da
companhia no Brasil, Sérgio Chaia. Ele não revela os
valores, mas afirma que a
companhia será agressiva
nesse leilão.
TONELADA
A venda de ovos nesta Páscoa alcançou mais de 100
milhões de unidades, o equivalente a 25.500 toneladas
de chocolate e 15% mais do
que no mesmo período do
ano passado, segundo a Apas
(Associação Paulista de Supermercados).
ENXURRADA
A Petrobras dispensou os
funcionários do prédio administrativo do Maracanã
ontem, devido à dificuldade
de acesso ao bairro por conta das chuvas no Rio. Não foram alterados a operação na
refinaria e o abastecimento
dos postos, diz a empresa.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, MARIANA BARBOSA,
DENYSE GODOY e JULIO WIZIACK
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