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MERCADO TENSO
Ministros Lafer e Quadros refutam críticas do Goldman Sachs
Governo brasileiro reage a avaliação negativa de banco
PATRÍCIA ZIMMERMANN
DA FOLHA ONLINE
Os ministros Celso Lafer (Relações Exteriores) e Juarez Quadros
(Comunicações) criticaram ontem avaliação do banco norte-americano Goldman Sachs que
recomenda redução de investimento no setor de telecomunicações no Brasil. "É algo para quem
não conhece o mercado", afirmou
Lafer. Segundo ele, "falta objetividade de critérios" nas avaliações
de risco.
"Assim como na área de auditoria você tem parâmetros apropriados, que permitem dizer se as
contas estão ou não compatíveis
com procedimentos básicos, também essas avaliações de risco devem obedecer a critérios aceitáveis e apropriados", disse Lafer.
Quadros argumentou que o
país possui hoje a quinta planta
mundial de telefonia fixa e a sexta
em telefonia móvel. Ele destacou
ainda que a indústria nacional do
setor de telecomunicações tem
um perfil exportador recomendado pelo banco.
O mercado brasileiro atual
"mostra outra tendência e não essa a que o banco se refere", afirmou Quadros. Ele descartou a
possibilidade de vinculação da situação atual do setor com o período eleitoral, como sugeriu o banco no seu relatório. "Não vejo nenhuma condição de fazer vinculação com a questão eleitoral."
Quadros descartou ainda a possibilidade de que a avaliação do
Goldman Sachs influencie os investimentos na TV digital, cujo
padrão tecnológico deverá ser definido ainda neste semestre. Ele
sugeriu aos investidores que analisem as avaliações feitas por outros bancos, que já manifestaram
posições favoráveis ao país.
Para o ministro, a avaliação é
"circunstancial", uma vez que o
próprio banco avaliava o país positivamente. O Goldman Sachs recomendou a seus clientes que reduzam suas aplicações em ações
de bancos, teles e energia e que
transferissem seus investimentos
do Brasil para o México.
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