São Paulo, terça-feira, 07 de maio de 2002

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Ministro reclama de lei protecionista dos EUA

DO ENVIADO ESPECIAL A UBERABA

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, esboçou uma tentativa de reação contra práticas protecionistas dos EUA. O ministro criticou, diante da nova embaixadora dos EUA no Brasil, Donna Hrinak, a nova lei agrícola do país, aprovada na última quinta-feira.
"Estamos preocupados com o impacto dessas decisões", disse Pratini durante a abertura da Expozebu, na semana passada em Uberaba (MG). "Essa visita [de embaixadores" é para que vocês tomem conhecimento de como produzir sem subsídios."
Além da americana, os embaixadores de Rússia, China, Bolívia, Paraguai, Costa Rica e Chile estiveram presentes à cerimônia de abertura. Representantes de Alemanha e Reino Unido também compareceram.
Segundo o ministro, o Brasil consegue ser competitivo em agropecuária no mercado externo mesmo enfrentando barreiras tarifárias, fitossanitárias e subsídios de outros países. Para Pratini, isso demonstra o potencial do agronegócio do país.
"Sem dar um tostão ao produtor e, ainda, onerando-o de certa forma com uma carga pesada de impostos, conseguimos, no último ano, colocar a carne brasileira em 90 mercados em todo o mundo", declarou.
Pratini afirmou que a nova lei americana é um retrocesso no processo de abertura comercial internacional.

Acordo multilateral
Durante o fim de semana, a embaixadora dos Estados Unidos respondeu às críticas do ministro. Ela afirmou que as barreiras protecionistas devem ser resolvidas com acordos multilaterais entre os países.
"Concordo com o que o [ministro] Pratini de Moraes disse, mas acho que é preciso um diálogo maior entre os brasileiros e os representantes do Executivo e do Legislativo dos Estados Unidos", afirmou a diplomata norte-americana, que está há apenas duas semanas no cargo. (JSO)


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