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Ministro reclama de lei protecionista dos EUA
DO ENVIADO ESPECIAL A UBERABA
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcus
Vinicius Pratini de Moraes, esboçou uma tentativa de reação contra práticas protecionistas dos
EUA. O ministro criticou, diante
da nova embaixadora dos EUA
no Brasil, Donna Hrinak, a nova
lei agrícola do país, aprovada na
última quinta-feira.
"Estamos preocupados com o
impacto dessas decisões", disse
Pratini durante a abertura da Expozebu, na semana passada em
Uberaba (MG). "Essa visita [de
embaixadores" é para que vocês
tomem conhecimento de como
produzir sem subsídios."
Além da americana, os embaixadores de Rússia, China, Bolívia,
Paraguai, Costa Rica e Chile estiveram presentes à cerimônia de
abertura. Representantes de Alemanha e Reino Unido também
compareceram.
Segundo o ministro, o Brasil
consegue ser competitivo em
agropecuária no mercado externo
mesmo enfrentando barreiras tarifárias, fitossanitárias e subsídios
de outros países. Para Pratini, isso
demonstra o potencial do agronegócio do país.
"Sem dar um tostão ao produtor e, ainda, onerando-o de certa
forma com uma carga pesada de
impostos, conseguimos, no último ano, colocar a carne brasileira
em 90 mercados em todo o mundo", declarou.
Pratini afirmou que a nova lei
americana é um retrocesso no
processo de abertura comercial
internacional.
Acordo multilateral
Durante o fim de semana, a embaixadora dos Estados Unidos
respondeu às críticas do ministro.
Ela afirmou que as barreiras protecionistas devem ser resolvidas
com acordos multilaterais entre
os países.
"Concordo com o que o [ministro] Pratini de Moraes disse, mas
acho que é preciso um diálogo
maior entre os brasileiros e os representantes do Executivo e do
Legislativo dos Estados Unidos",
afirmou a diplomata norte-americana, que está há apenas duas
semanas no cargo. (JSO)
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