São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2008

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Indústria aponta crescimento zero para o PIB no 1º tri, diz LCA

Os dados divulgados ontem pelo IBGE da produção industrial mostraram uma desaceleração da economia mais forte do que se previa. Foi o trimestre mais fraco em termos de variação marginal (isto é, sobre o trimestre imediatamente anterior, feito o ajuste sazonal) desde o terceiro trimestre de 2005.
De acordo com o IBGE, no primeiro trimestre, a produção industrial avançou 0,4% (ou 1,8% ao ano) sobre o 4º trimestre de 2007, o que representou uma desaceleração marginal relevante da indústria, que havia registrado uma alta de 1,9% (ou 7,6% ao ano) no quarto trimestre e de 1,7% (ou 6,7% ao ano) no terceiro trimestre.
Há algumas semanas, a consultoria LCA divulgou estudo apresentando um indicador coincidente para a evolução do PIB com base no comportamento do agregado monetário conhecido como M1 real (papel moeda em poder do público somado aos depósitos à vista, deflacionados pelo IPCA).
Esse indicador sinalizava uma variação do PIB entre 0% e 0,5% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre do ano passado, configurando, assim, o segundo trimestre consecutivo de desaceleração do ritmo marginal da atividade econômica. No quarto trimestre, o PIB havia crescido 1,2%, e no terceiro, 1,8%.
Com a divulgação dos dados da indústria ontem, bastante abaixo das estimativas da LCA e aquém também da previsão de vários analistas, a sinalização dada pelo M1 real fica reforçada. A expectativa da LCA, com base nos números da indústria, é a de um crescimento zero do PIB ou até negativo.
Com efeito, um outro indicador coincidente para o PIB desenvolvido pela LCA a partir dos dados de produção industrial e dos dados do LSPA (Levantamento Sistemático de Produção Agrícola), do IBGE, também indica avanço marginal do PIB próximo de zero no primeiro trimestre, o que corresponderia a uma alta de 4,5% sobre igual período de 2007.

Brasil é o 8º país que mais recebe eventos no mundo

O Brasil é o oitavo país que mais sediou eventos internacionais no mundo em 2007, segundo ranking da ICCA (International Congress and Convention Association). No ranking por cidades, São Paulo é a mais bem colocada da América Latina e aparece em 23º lugar.
O Brasil sediou 209 encontros, contra 467 do líder, os Estados Unidos. A capital paulista teve 61 eventos, à frente de Roma e Nova York. A cidade campeã, Viena, sediou 154 eventos.
As outras cidades brasileiras mais bem colocadas são Rio, em 39º lugar, e Salvador, em 50º. Porto Alegre aparece em 135º, Florianópolis, em 150º, e Foz do Iguaçu e Ouro Preto, em 208º. Campinas está em 244º.

EM OUTRAS BANDAS

A General Shopping Brasil, que reúne 12 shoppings, quer atrair capital da Ásia e do Oriente Médio e evitar a concentração de investidores de países afetados pela crise, como EUA e Reino Unido. Alessandro Veronezi, diretor de relações com investidores da companhia, esteve em Hong Kong, Cingapura e Dubai para apresentar o mercado brasileiro. Veronezi diz que, dos Brics, o Brasil é o menos conhecido, mas que, agora, essas regiões estão olhando para o país.

BOTIJÃO
A Petrobras já disse, em conversas informais com as distribuidoras de gás (GLP), que planeja aumentar o produto em até 15% nas próximas semanas. O impacto será grande, pois a alta acumulada no ano chegará a 50% para o botijão de 13 kg, presente em 26% da matriz energética residencial. Ao contrário da gasolina, não está prevista nenhuma medida fiscal para anular o impacto da medida no bolso dos consumidores.

DE CARREIRA
Sinal dos tempos. Henrique Meirelles (Banco Central) e Orlando Silva Jr. (Esportes) foram vistos ontem à tarde indo de São Paulo para Brasília em avião de carreira, no vôo 3708 da TAM das 13h45.

GESTÃO
Elcio Anibal de Lucca lança o livro "Gestão para um mundo melhor" (Campus/ Elsevier, 240 p., R$ 55). O autor, que foi presidente da Serasa de 1991 a janeiro de 2008, detalha, na obra, o modelo inovador de gestão que adotou na Serasa, na sua passagem de quase duas décadas pela empresa, e conta sua trajetória profissional.

JUSTIÇA:
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SP TEM DIREITO A USO EXCLUSIVO DO NOME
O TJ-SP confirmou decisão da 1ª Vara Cível de conceder à ACSP (Associação Comercial de São Paulo), presidida por Alencar Burti, o uso exclusivo do nome. Além disso, proibiu a Acesp (Associação Comercial do Estado de São Paulo) de usá-lo. A ação, movida pela Acesp, pedia indenização por dano moral- a ACSP enviou comunicados aos associados dizendo que a Acesp emitia boletos e confundia comerciantes. O jornal procurou a Acesp, que não ligou de volta.

CONSIGNADO
De janeiro a março deste ano, os empréstimos consignados feitos pela Caixa Econômica Federal cresceram 13,1% e atingiram um volume superior acumulado de R$ 1,8 bilhão, com 666.673 contratos. No mesmo período do ano passado, o volume foi de R$ 1,6 bilhão, com 641.438 contratos.

PÁGINAS
A Fundação Volkswagen distribuiu, em três dias, 10 mil livros para 109 instituições. São exemplos de entidades beneficiadas escolas, centros comunitários, bibliotecas, um supermercado e um hospital psiquiátrico em Franco da Rocha.


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