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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Indústria aponta crescimento zero para o PIB no 1º tri, diz LCA
Os dados divulgados ontem
pelo IBGE da produção industrial mostraram uma desaceleração da economia mais forte
do que se previa. Foi o trimestre mais fraco em termos de variação marginal (isto é, sobre o
trimestre imediatamente anterior, feito o ajuste sazonal) desde o terceiro trimestre de 2005.
De acordo com o IBGE, no
primeiro trimestre, a produção
industrial avançou 0,4% (ou
1,8% ao ano) sobre o 4º trimestre de 2007, o que representou
uma desaceleração marginal
relevante da indústria, que havia registrado uma alta de 1,9%
(ou 7,6% ao ano) no quarto trimestre e de 1,7% (ou 6,7% ao
ano) no terceiro trimestre.
Há algumas semanas, a consultoria LCA divulgou estudo
apresentando um indicador
coincidente para a evolução do
PIB com base no comportamento do agregado monetário
conhecido como M1 real (papel
moeda em poder do público somado aos depósitos à vista, deflacionados pelo IPCA).
Esse indicador sinalizava
uma variação do PIB entre 0%
e 0,5% no primeiro trimestre
em relação ao quarto trimestre
do ano passado, configurando,
assim, o segundo trimestre
consecutivo de desaceleração
do ritmo marginal da atividade
econômica. No quarto trimestre, o PIB havia crescido 1,2%, e
no terceiro, 1,8%.
Com a divulgação dos dados
da indústria ontem, bastante
abaixo das estimativas da LCA
e aquém também da previsão
de vários analistas, a sinalização dada pelo M1 real fica reforçada. A expectativa da LCA,
com base nos números da indústria, é a de um crescimento
zero do PIB ou até negativo.
Com efeito, um outro indicador coincidente para o PIB desenvolvido pela LCA a partir
dos dados de produção industrial e dos dados do LSPA (Levantamento Sistemático de
Produção Agrícola), do IBGE,
também indica avanço marginal do PIB próximo de zero no
primeiro trimestre, o que corresponderia a uma alta de 4,5%
sobre igual período de 2007.
Brasil é o 8º país que mais recebe eventos no mundo
O Brasil é o oitavo país que
mais sediou eventos internacionais no mundo em 2007, segundo ranking da ICCA (International Congress and Convention Association). No ranking por cidades, São Paulo é a
mais bem colocada da América
Latina e aparece em 23º lugar.
O Brasil sediou 209 encontros, contra 467 do líder, os Estados Unidos. A capital paulista
teve 61 eventos, à frente de Roma e Nova York. A cidade campeã, Viena, sediou 154 eventos.
As outras cidades brasileiras
mais bem colocadas são Rio,
em 39º lugar, e Salvador, em
50º. Porto Alegre aparece em
135º, Florianópolis, em 150º, e
Foz do Iguaçu e Ouro Preto, em
208º. Campinas está em 244º.
EM OUTRAS BANDAS
A General Shopping Brasil, que reúne 12 shoppings, quer
atrair capital da Ásia e do Oriente Médio e evitar a concentração de investidores de países afetados pela crise, como
EUA e Reino Unido. Alessandro Veronezi, diretor de relações com investidores da companhia, esteve em Hong Kong,
Cingapura e Dubai para apresentar o mercado brasileiro.
Veronezi diz que, dos Brics, o Brasil é o menos conhecido,
mas que, agora, essas regiões estão olhando para o país.
BOTIJÃO
A Petrobras já disse, em
conversas informais com as
distribuidoras de gás (GLP),
que planeja aumentar o produto em até 15% nas próximas semanas. O impacto será grande, pois a alta acumulada no ano chegará a 50%
para o botijão de 13 kg, presente em 26% da matriz
energética residencial. Ao
contrário da gasolina, não
está prevista nenhuma medida fiscal para anular o impacto da medida no bolso
dos consumidores.
DE CARREIRA
Sinal dos tempos. Henrique Meirelles (Banco Central) e Orlando Silva Jr. (Esportes) foram vistos ontem à
tarde indo de São Paulo para
Brasília em avião de carreira, no vôo 3708 da TAM das
13h45.
GESTÃO
Elcio Anibal de Lucca lança o livro "Gestão para um
mundo melhor" (Campus/
Elsevier, 240 p., R$ 55). O
autor, que foi presidente da
Serasa de 1991 a janeiro de
2008, detalha, na obra, o
modelo inovador de gestão
que adotou na Serasa, na sua
passagem de quase duas décadas pela empresa, e conta
sua trajetória profissional.
JUSTIÇA:
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SP TEM DIREITO A USO EXCLUSIVO DO NOME
O TJ-SP confirmou decisão da 1ª Vara Cível de conceder à
ACSP (Associação Comercial de São Paulo), presidida por
Alencar Burti, o uso exclusivo do nome. Além disso, proibiu
a Acesp (Associação Comercial do Estado de São Paulo) de
usá-lo. A ação, movida pela Acesp, pedia indenização por dano moral- a ACSP enviou comunicados aos associados dizendo que a Acesp emitia boletos e confundia comerciantes.
O jornal procurou a Acesp, que não ligou de volta.
CONSIGNADO
De janeiro a março deste
ano, os empréstimos consignados feitos pela Caixa Econômica Federal cresceram
13,1% e atingiram um volume superior acumulado de
R$ 1,8 bilhão, com 666.673
contratos. No mesmo período do ano passado, o volume
foi de R$ 1,6 bilhão, com
641.438 contratos.
PÁGINAS
A Fundação Volkswagen
distribuiu, em três dias, 10
mil livros para 109 instituições. São exemplos de entidades beneficiadas escolas,
centros comunitários, bibliotecas, um supermercado
e um hospital psiquiátrico
em Franco da Rocha.
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