São Paulo, quinta-feira, 07 de maio de 2009

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Brasileiro já é usuário antes de estreias no país

DANIELA ARRAIS
DA REPORTAGEM LOCAL

É possível usar o Kindle do Brasil, mas a tarefa é um pouco trabalhosa. O gerente de desenvolvimento de software Antonio Carlos Silveira, 32, comprou seu primeiro leitor de livros da Amazon em 2007 e planeja adquirir o novo DX.
Depois de comprar o aparelho -como ele ainda não é vendido no Brasil, Silveira aproveitou viagens para comprar seus dois modelos-, é preciso fazer um cadastro da Amazon (www.amazon.com) com endereço nos Estados Unidos para ler livros eletrônicos, afirma.
"A Amazon só confere a localização geográfica quando se tenta usar um cartão de crédito como forma de pagamento. Para contornar essa barreira, é preciso comprar um "gift card" [cartão de presente] da Amazon e adicionar os créditos na sua conta", disse à Folha.
Após comprar o cartão, o usuário recebe um e-mail e aciona o crédito em sua conta.
"Depois que você adicionou os créditos, é preciso adicionar um endereço americano na sua lista de Shipping Addresses [endereços de envio] e, depois, editar suas configurações de 1-Click Ordering, retirando todas as opções de pagamento com cartão", detalhou em seu site (www.acarlos.com.br).
Em seguida, é preciso associar o 1-Click Ordering com o endereço de envio norte-americano -pode ser qualquer endereço, porque o envio é eletrônico.
O passo seguinte é fazer a compra dos livros. Silveira explica que, para usuários dos Estados Unidos, o livro é entregue em segundos. Mas, para os leitores de fora, é preciso acessar, no site da Amazon, a seção Media Library ou Manage MyKindle. "Você vai na parte de gerenciamento digital, pega o livro, faz download dele e passa o conteúdo para o aparelho, via USB", afirma.
Silveira tem cerca de 70 livros em seu Kindle. "Gosto de ter "gadgets". Consigo sublinhar textos, fazer anotações -é bem interessante para fazer a síntese de um livro. Também dá para procurar trechos e verificar palavras em um dicionário integrado", diz.
Apesar da repercussão do texto em seu site, Silveira conhece apenas quatro pessoas que usam o aparelho por aqui. "Acaba sendo uma tarefa para o usuário mais avançado. E também acaba sendo ruim para o brasileiro porque não há livro em português na Amazon", afirma ele.


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