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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
BNDES será só o financiador em
novo negócio de celulose da JBS
A nova planta de celulose que
a família Batista, proprietária
da JBS, pretende construir com
a MCL Empreendimentos, do
empresário Mário Celso Lopes,
não terá a participação do
BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) na sociedade, segundo
pessoas ligadas às negociações.
O papel do banco, diferentemente do que ocorreu na JBS,
será o de apenas financiar parte
da operação, caso se confirme
um empréstimo do BNDES.
Por meio da BNDESPar, seu
braço de investimento, que é
acionista da JBS, o banco também investiu na maior produtora e exportadora de carne bovina do mundo por meio da
subscrição de debêntures.
O banco, de acordo com pessoas a par da negociação, teria,
de início, relutado em fortalecer o grupo, também no setor
de celulose. Acabou decidindo
que, desta vez, se participar,
seu papel se limitará ao de financiador.
A nova fábrica, a Eldorado
Celulose, ficará no município
de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, e terá investimento
de R$ 1 bilhão, mais R$ 3 bilhões em dívida.
A expectativa é que a nova
planta seja inaugurada em 7 de
setembro de 2012, quando passará a produzir 1,5 milhão de
toneladas por ano de celulose
branqueada de eucalipto.
A fábrica já recebeu do governo de Mato Grosso Sul a primeira licença de instalação.
O novo empreendimento será uma joint venture entre a
holding da família Batista, que
controla a JBS, e a MCL Empreendimentos, do empresário
Mário Celso Lopes.
Lopes já divide com os Batista a empresa Florestal Investimentos Florestais, que atua em
plantio de eucaliptos.
Construção civil contrata 148 mil no 1º trimestre
O Nordeste foi a região
brasileira que apresentou o
maior crescimento percentual no nível de emprego na
construção civil em março. O
número de trabalhadores
com carteira assinada subiu
3,11%, com relação a fevereiro, para 519.824.
No acumulado do primeiro trimestre, o emprego no
setor no Brasil cresceu 6%,
com a contratação de mais
147.517 trabalhadores formais, segundo estudo do SindusCon-SP e da FGV.
O aquecimento no Nordeste está relacionado ao aumento das edificações, com
investimentos em deslocamento industrial, segundo
Sergio Watanabe, presidente
do SindusCon-SP.
A demanda maior por mão
de obra preocupa empresários. A união entre PDG e
Agre é exemplo de como as
empresas do setor se agigantam e apontam para uma demanda ainda maior por mão
de obra, segundo Watanabe.
"O maior receio é a ameaça
de inflação setorial. O alto
crescimento da contratação
também gerou uma necessidade de treinamento e capacitação da mão de obra, que
vai ter que ocorrer para atender o grande movimento."
O emprego aumentou em
todos os segmentos, em
obras e serviços.
MULTIPLICAÇÃO
A fabricante de argamassas Weber Quartzolit, do grupo
francês Saint-Gobain, expande a sua atuação pelo país.
Após ter iniciado em fevereiro as operações de uma nova
fábrica em Manaus, a companhia se prepara para inaugurar no mês que vem dois novos centros de distribuição,
um em Porto Velho (RO) e outro em São Luís (MA). "O
centro de distribuição é uma maneira mais rápida de
atender o mercado. Ele acaba preparando o ambiente para que no futuro a empresa instale uma fábrica", diz Carlos Orlando, diretor-geral da Quartzolit. Outra fábrica da
empresa está em construção, em Camaçari (BA), cuja
inauguração está marcada para agosto. Os investimentos
nas fábricas e nos centros de distribuição são de cerca de
R$ 50 milhões, segundo Orlando. "O nosso objetivo é estar cada vez mais próximos do mercado consumidor, distribuindo de uma maneira mais rápida", diz o executivo.
O aquecimento do mercado da construção civil pressiona
os preços dos insumos, segundo Orlando. "Já começam a
surgir sinais de pressão de pequenos e médios fornecedores para que os preços sejam reajustados."
DESEQUILÍBRIO
O ministro Guido Mantega (Fazenda) vai se reencontrar com o ministro das finanças da China, Xie
Xuren, em Xangai, no início de junho. Na pauta, o desequilíbrio cambial no longo prazo. Causado pelo
yuan? Não, pelo "dólar desvalorizado", segundo fontes no ministério. O presidente Lula ainda não decidiu se irá à Feira Mundial no país. Caso ele não vá,
Mantega chefiará a delegação brasileira, antes de seguir para a reunião do G20, na Coreia do Sul.
MÃE TECNOLÓGICA
A preferência dos paulistanos para presentear neste Dia
das Mães serão produtos mais caros: computadores e
acessórios de informática, segundo sondagem da Fecomercio SP, com 1.117 consumidores. O fato está ligado à melhora no ambiente econômico. Mais de 35% dos consumidores pretendem presentear com itens de informática.
A situação é inédita no histórico do levantamento. Em
2009, a preferência recaía sobre vestuário e calçados. A
mudança também aconteceu para as mães. Mais de 20%
delas preferem ganhar computador ou acessórios de informática. Em seguida, aparecem eletrodomésticos
(15,9%).
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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