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Reajuste do aço em até 18% irrita a Anfavea
DA REPORTAGEM LOCAL
Os fabricantes de aço estão propondo às montadoras reajustes
de 12% a 18% nos preços da matéria-prima, segundo a Anfavea, entidade que representa as montadoras no país. Os reajustes são
vistos pela Anfavea como uma
"fantasia carnavalesca".
"Estamos dispostos a pagar nada, e esses números que soltam
por aí dizendo que aumentamos o
preço dos carros é pura fantasia",
diz José Carlos Pinheiro Neto,
presidente da entidade.
Ele contestou as declarações do
presidente da Usiminas, Rinaldo
Soares, de que as montadoras reajustaram os preços dos veículos
em 106% desde 94. A elevação, na
verdade, foi de 61%, informa a entidade, segundo dados da FGV
(Fundação Getúlio Vargas).
"Confessamos que há dificuldades nesse campo e cada montadora está conversando individualmente com seus fornecedores para chegar a um acordo", diz José
Carlos Pinheiro Neto, presidente
da Anfavea.
Os fabricantes de veículos afastam a possibilidade de desabastecimento e dizem que têm estoque
de aço para a produção nos próximos meses. A associação admitiu,
porém, que se houver reajustes,
acabará sendo repassado ao consumidor.
"Do couro saem as correias",
afirmou o presidente da entidade.
Na cadeia produtiva, quem
também está sentindo o poder de
baganha das siderúrgicas são os
fabricantes de autopeças.
Segundo o Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), os fornecedores estão pedindo aumentos de 5% a 10%.
As negociações ainda não terminaram e a expectativa é que, até
o início de julho, a situação se resolva. O segundo semestre é responsável por 60% das vendas das
montadoras.
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