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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Repsol quer manutenção de regra para petróleo
O Rio de Janeiro poderia se
transformar em um Houston 2,
um dos maiores centros petrolíferos do mundo. Mas, para isso, é preciso ter coragem e não
modificar muito o atual marco
regulatório do setor.
A afirmação é de Javier Moro
Morán, que assumiu em março
a presidência da Repsol Brasil.
Segundo ele, o marco regulatório atual do Brasil, baseado no
regime de concessões definidas
em leilões, funciona muito
bem, a exemplo do de Houston,
nos Estados Unidos.
"Mas tem de ter coragem para não mexer no atual modelo.
Não quero dizer que o governo
não tenha coragem, ao contrário, mas digo que isso [as mudanças] deve ser feito em nível
consensual, com todos os envolvidos opinando. Políticas
públicas têm de ser consensuais", afirma Morán.
Desde a descoberta do pré-
-sal, o governo está discutindo
um novo marco regulatório para a exploração de petróleo. O
anúncio da proposta já foi adiado algumas vezes. A crise econômica e a queda do preço do
petróleo retardaram a conclusão dos estudos. Agora, existe a
promessa de que as novas regras serão divulgadas nas próximas semanas.
A ideia do governo, como antecipou a Folha, é criar uma estatal para administrar as novas
reservas e o provável formato
será o de partilha, mais lucrativo para a União, que deve ser
adotado como modelo de parceria com a Petrobras e com as
empresas privadas.
O que a Repsol espera, no entanto, é uma definição sobre as
novas regras para poder traçar
seu plano de investimentos.
A Repsol participa com a Petrobras de diversos blocos de
exploração de petróleo, inclusive na camada do pré-sal, e pretende fazer investimentos pesados no país, principalmente a
partir de 2010.
Em 2009, a empresa está investindo US$ 400 milhões em
projetos de exploração de petróleo. O Brasil é uma de suas
cinco áreas estratégicas. As outras são Líbia, Argélia, golfo do
México e Peru. Para 2010, os
investimentos podem superar
US$ 3 bilhões.
"O plano de investimentos
da Repsol concentrará esforços
a partir de 2010, ano em que
começam os desembolsos do
pré-sal", diz Morán.
O presidente da Repsol não
quer cravar uma cifra para os
investimentos da companhia a
partir de 2010, porque ainda
depende das novas regras do
petróleo e da divulgação dos
planos da Petrobras, o que deve
acontecer até agosto.
Apesar de defender a manutenção do atual modelo de concessão, Morán não se mostra,
no entanto, muito preocupado
com a definição do novo marco
regulatório.
"As orientações que o governo do presidente Lula está
transmitindo não são de mudanças drásticas", afirma.
FRANGO
A rede de lanchonetes KFC inaugura uma loja em São
Paulo no dia 10. A marca, que já operou em SP sem sucesso nas mãos de outro administrador, começa agora em
Osasco. Em 2007, a BFFC, dona da marca Bob's, fechou
com a Yum! Brands para administrar a KFC no país. Agora, tem nove lojas no Rio e quer iniciar a expansão por
franquias neste ano, diz Flávio Maia, diretor da BFFC.
TEMAKI
A rede carioca de comida
japonesa Koni Store abriu
sua primeira filial em São
Paulo. A empresa possui 33
lojas em outras cinco capitais e quer inaugurar mais 3
em São Paulo até agosto. A
Koni Store pertence à holding Umbria, dona do Spoleto e da Domino's Pizza.
ALIANÇA
O grupo Ibmec Educacional, que reúne a Veris Faculdades e a Faculdade Ibmec,
vai ter a SantaClaraNitro como sua nova agência de publicidade. A verba anual é de
R$ 5 milhões. A agência será
responsável pelas ações de
comunicação corporativa e
de relacionamento do grupo.
Setor de cobre projeta retração de 10% na receita deste ano
Sérgio Aredes, novo presidente da Associação Brasileira
do Cobre, quer soluções para os
principais problemas do setor:
a perda de mercado para produtos chineses, os furtos de cobre e a queda na demanda.
Segundo ele, a expectativa é
de recuo de 10% no resultado
do setor em 2009. Em abril, o
nível de atividade estava 20%
abaixo do de 2008.
A competição com importados chineses ganhou força no
final de 2008, diz Aredes. Segundo ele, ações de proteção já
estão em discussão com o governo por intermédio da Fiesp.
PONDERADO
Os técnicos da Fazenda já
estão prevendo um número
para o PIB do primeiro trimestre mais feio do que se
imaginava. A projeção anterior era de queda de 2,4%,
mas agora já se admite queda
superior a 3%. O IBGE divulga o dado na terça. Apesar do
número ruim, a Fazenda deve continuar mantendo a
previsão de alta de 1% para
este ano. As apostas são de
recuperação forte no segundo semestre. É ver para crer.
HISTÓRICO
A FGV acaba de inaugurar
a primeira sede do Cpdoc/
FGV (Centro de Pesquisa e
Documentação de História
Contemporânea da FGV) fora do Rio. O centro abre agora em São Paulo. A ideia é
abrir turmas de relações internacionais e jornalismo investigativo. O projeto investirá na expansão de linhas de
pesquisa e captação de arquivos locais. Serão desenvolvidos estudos sobre elites
empresariais.
EU MEREÇO
O paulistano é controlado com os gastos, mas permite a
si mesmo comprar, às vezes, objetos supérfluos que deseja. É o que aponta um estudo da H2R Pesquisas Avançadas feito em abril com 450 paulistanos. "Muitas pessoas
tentam se autocompensar pelos seus problemas comprando pequenos presentes para si", diz Denize Paim, da H2R.
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