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Custa menos dever ao fisco que ao banco
DA REPORTAGEM LOCAL
Em momentos de dificuldades financeiras, muitas empresas recorrem à
estratégia de não pagar alguns tributos na data do
vencimento. Seguem o velho ditado "devo, não nego; pago quando puder".
Isso não significa que a
empresa não terá custo
elevado quando for acertar as contas com o fisco,
mas, para ganhar fôlego financeiro, a estratégia é
bastante utilizada.
Atrasar o pagamento sai
mais caro do que aplicar o
dinheiro, mas é menos
oneroso, por exemplo, do
que obter um empréstimo
e dever para o banco. É
que, mesmo com os juros
mais baixos, o banco cobrará mais que o governo.
Quem atrasa o pagamento de tributos com a
Receita hoje tem de pagar
multa de 0,33% ao dia. Só
que essa multa é limitada a
20%, ou seja, do 61º dia em
diante ela não aumenta.
Os juros são pela Selic, hoje em 10,25% ao ano.
Uma dívida vencida há
um ano fatalmente custará menos (em torno de
2,6% ao mês) do que um
empréstimo bancário de
mesmo prazo -considera-se que a empresa não será
autuada pelo fisco nesse
período e que irá quitar o
débito espontaneamente.
Um dívida de ICMS pode custar menos. No caso
de São Paulo, ela é de 7% se
paga em até 15 dias após o
vencimento; a partir de 15
dias, a multa será de 10%.
Os juros são de 1% no próprio mês do vencimento e
de 2% no mês seguinte; a
partir daí, mais a Selic.
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