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Lula vetará alta de 16% para INSS, diz Dilma
DA REPORTAGEM LOCAL
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem em São Paulo que o presidente da República vetará o
reajuste de 16,67% no valor das
aposentadorias e pensões pagas pela Previdência Social.
Segundo ela, não há condições de conceder o aumento
sem custo significativo às contas públicas e, por isso, o governo avalia a hipótese de fazer um
novo projeto contendo uma
elevação de até 5% nos benefícios previdenciários.
Para a ministra, a decisão dos
congressistas por um reajuste
de 16,67% nos benefícios tem
objetivo eleitoreiro. "Eles contam com a reeleição e por isso
tentam inviabilizar o governo
nos próximos anos", afirmou a
ministra.
As declarações de Dilma foram feitas na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), após o lançamento do fundo de investimentos InfraBrasil.
Criado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o fundo é voltado ao incremento da área de infra-estrutura e tem patrimônio inicial de R$ 620 milhões.
Desse total, R$ 260 milhões
vieram do segundo e do terceiro maiores fundos de pensão
nacionais, respectivamente,
Petros (ligado à Petrobras) e
Funcef (patrocinado pela Caixa
Econômica Federal).
Ambos serão responsáveis
por 25% do patrimônio total do
InfraBrasil, cuja administração
será do ABN Amro Bank.
O BID, por sua vez, colocou
US$ 43 milhões, equivalentes a
R$ 94,6 milhões.
Se novas cotas forem lançadas e o fundo de investimentos
atingir R$ 1 bilhão, conforme
pretendido, todos aumentarão
suas participações. Outra entidade que pode investir, segundo o superintendente-executivo do ABN Amro, Geoffrey
Cleaver, é o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social).
Os recursos do InfraBrasil
serão direcionados a concessionárias de serviços públicos, e
também a projetos da iniciativa
privada, desenvolvidos nos setores de gás, energia, logística,
telecomunicações, água e saneamento.
Para o executivo, o investimento em infra-estrutura é um
bom negócio por vários motivos. Primeiro, há grande demanda anual por crédito (até
R$ 10 bilhões). Segundo, o risco
dos investidores é baixo ante
retorno satisfatório.
Por fim, observou Cleaver, há
disposição governamental para
incrementar esses setores, pois
isso significa estender serviços
básicos à população combinada
à geração de emprego e renda.
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