São Paulo, sexta-feira, 07 de julho de 2006

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Lula vetará alta de 16% para INSS, diz Dilma

DA REPORTAGEM LOCAL

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem em São Paulo que o presidente da República vetará o reajuste de 16,67% no valor das aposentadorias e pensões pagas pela Previdência Social.
Segundo ela, não há condições de conceder o aumento sem custo significativo às contas públicas e, por isso, o governo avalia a hipótese de fazer um novo projeto contendo uma elevação de até 5% nos benefícios previdenciários.
Para a ministra, a decisão dos congressistas por um reajuste de 16,67% nos benefícios tem objetivo eleitoreiro. "Eles contam com a reeleição e por isso tentam inviabilizar o governo nos próximos anos", afirmou a ministra.
As declarações de Dilma foram feitas na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), após o lançamento do fundo de investimentos InfraBrasil.
Criado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o fundo é voltado ao incremento da área de infra-estrutura e tem patrimônio inicial de R$ 620 milhões.
Desse total, R$ 260 milhões vieram do segundo e do terceiro maiores fundos de pensão nacionais, respectivamente, Petros (ligado à Petrobras) e Funcef (patrocinado pela Caixa Econômica Federal).
Ambos serão responsáveis por 25% do patrimônio total do InfraBrasil, cuja administração será do ABN Amro Bank.
O BID, por sua vez, colocou US$ 43 milhões, equivalentes a R$ 94,6 milhões.
Se novas cotas forem lançadas e o fundo de investimentos atingir R$ 1 bilhão, conforme pretendido, todos aumentarão suas participações. Outra entidade que pode investir, segundo o superintendente-executivo do ABN Amro, Geoffrey Cleaver, é o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Os recursos do InfraBrasil serão direcionados a concessionárias de serviços públicos, e também a projetos da iniciativa privada, desenvolvidos nos setores de gás, energia, logística, telecomunicações, água e saneamento.
Para o executivo, o investimento em infra-estrutura é um bom negócio por vários motivos. Primeiro, há grande demanda anual por crédito (até R$ 10 bilhões). Segundo, o risco dos investidores é baixo ante retorno satisfatório.
Por fim, observou Cleaver, há disposição governamental para incrementar esses setores, pois isso significa estender serviços básicos à população combinada à geração de emprego e renda.


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