São Paulo, sexta-feira, 07 de julho de 2006

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Sobrevivência da companhia até o leilão preocupa empresa de manutenção VEM

DA SUCURSAL DO RIO

A incerteza sobre a data do leilão da Varig preocupa a VEM Engenharia e Manutenção. A ex-subsidiária, comprada no fim de 2005 pela estatal portuguesa TAP, teme que a Varig não ache recursos para se manter até a operação de venda.
"Como a Varig vai se sustentar até esse novo leilão? Essa é uma preocupação de todos os fornecedores, como BR e Infraero", disse Evandro Braga de Oliveira, presidente da VEM.
A VarigLog, principal interessada na Varig, ofereceu uma linha de crédito de US$ 20 milhões (R$ 44 milhões). Já foram depositados US$ 9 milhões (R$ 19,8 milhões), incluindo o aporte realizado ontem. A Varig tem usado os recursos para pagar despesas de combustível e adiantar tarifas à Infraero.
Desde fevereiro, a VEM só realiza serviços de manutenção à Varig mediante pagamento antecipado. Conforme Braga de Oliveira, a empresa paga cerca de R$ 2 milhões diários.
As dívidas da Varig com a VEM contraídas após a recuperação judicial somam cerca de R$ 100 milhões e as contraídas antes da recuperação, R$ 108 milhões. Os débitos prejudicaram o capital de giro da VEM, mas ex-subsidiária conseguiu se livrar da dependência da Varig. No fim do ano passado, a aérea representava 70% do faturamento da VEM. Hoje, o índice é inferior a 20% em razão dos cancelamentos de vôos e das aeronaves paradas, além da diversificação da carteira de clientes da ex-subsidiária.
Segundo Oliveira, os advogados da VarigLog têm feito contato para discutir os planos para a Varig. Uma das possibilidades para contentar os credores é o aumento da participação na nova Varig, previsto inicialmente em 5%. (JL)


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