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Sobrevivência da companhia até o leilão preocupa empresa de manutenção VEM
DA SUCURSAL DO RIO
A incerteza sobre a data do
leilão da Varig preocupa a VEM
Engenharia e Manutenção. A
ex-subsidiária, comprada no
fim de 2005 pela estatal portuguesa TAP, teme que a Varig
não ache recursos para se manter até a operação de venda.
"Como a Varig vai se sustentar até esse novo leilão? Essa é
uma preocupação de todos os
fornecedores, como BR e Infraero", disse Evandro Braga de
Oliveira, presidente da VEM.
A VarigLog, principal interessada na Varig, ofereceu uma
linha de crédito de US$ 20 milhões (R$ 44 milhões). Já foram
depositados US$ 9 milhões (R$
19,8 milhões), incluindo o aporte realizado ontem. A Varig tem
usado os recursos para pagar
despesas de combustível e
adiantar tarifas à Infraero.
Desde fevereiro, a VEM só
realiza serviços de manutenção
à Varig mediante pagamento
antecipado. Conforme Braga
de Oliveira, a empresa paga cerca de R$ 2 milhões diários.
As dívidas da Varig com a
VEM contraídas após a recuperação judicial somam cerca de
R$ 100 milhões e as contraídas
antes da recuperação, R$ 108
milhões. Os débitos prejudicaram o capital de giro da VEM,
mas ex-subsidiária conseguiu
se livrar da dependência da Varig. No fim do ano passado, a aérea representava 70% do faturamento da VEM. Hoje, o índice é inferior a 20% em razão
dos cancelamentos de vôos e
das aeronaves paradas, além da
diversificação da carteira de
clientes da ex-subsidiária.
Segundo Oliveira, os advogados da VarigLog têm feito contato para discutir os planos para a Varig. Uma das possibilidades para contentar os credores
é o aumento da participação na
nova Varig, previsto inicialmente em 5%.
(JL)
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