São Paulo, terça-feira, 07 de julho de 2009

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Grupo JBS-Friboi arrenda cinco frigoríficos em Mato Grosso

Estimativa é que 3.000 empregos diretos serão criados e capacidade de abate cresça 25%

JOÃO PAULO GONDIM
DA AGÊNCIA FOLHA

O grupo JBS-Friboi anunciou ontem o arrendamento de cinco frigoríficos desativados em Mato Grosso. De acordo com estimativa da empresa, a transação vai gerar cerca de 3.000 empregos diretos.
As unidades incorporadas estão localizadas em Cuiabá e nos municípios de Juara (a 640 km da capital), Alta Floresta (a 812 km), Colider (a 656 km) e São José dos Quatro Marcos (a 314 km). Esta última e a de Cuiabá são do grupo Quatro Marcos, hoje em processo de recuperação judicial. As demais não tiveram a origem informada.
A expectativa é que os frigoríficos de Juara e Colider, além de carne, produzam biodiesel a partir do sebo.
Segundo nota do frigorífico, o arrendamento aumentará sua capacidade de abate em 5.150 animais por dia.
Essa ampliação significa que diariamente, no país, 26 mil cabeças passarão a ser abatidas pelo JBS-Friboi.
"Concluímos este movimento em sinal da confiança que temos no Brasil, gerando mais de 3.000 empregos, fortalecendo a cadeia produtiva e expandindo nossa participação no mercado de carne bovina", afirmou, em comunicado, o presidente da companhia no Brasil, Joesley Batista.
No primeiro semestre, o frigorífico Independência, um dos maiores produtores de carne do Brasil e em recuperação judicial desde fevereiro, cortou mais de 7.000 empregos e desativou 11 unidades.
A crise no setor levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a encomendar ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no mês passado, uma análise sobre o estado dos frigoríficos do país e aventar um possível auxílio do governo.
Números da balança comercial do agronegócio, divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, expuseram a delicada situação do mercado de carnes para exportação no país.
De janeiro a maio deste ano, a receita das exportações do segmento ficou em US$ 4,41 bilhões. No mesmo período do ano passado, foram US$ 5,65 bilhões -queda de 22%.
Nas carnes "in natura", o recuo foi de 32,1%.


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