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Grupo JBS-Friboi arrenda cinco frigoríficos em Mato Grosso
Estimativa é que 3.000 empregos diretos serão criados e capacidade de abate cresça 25%
JOÃO PAULO GONDIM
DA AGÊNCIA FOLHA
O grupo JBS-Friboi anunciou ontem o arrendamento de
cinco frigoríficos desativados
em Mato Grosso. De acordo
com estimativa da empresa, a
transação vai gerar cerca de
3.000 empregos diretos.
As unidades incorporadas estão localizadas em Cuiabá e nos
municípios de Juara (a 640 km
da capital), Alta Floresta (a 812
km), Colider (a 656 km) e São
José dos Quatro Marcos (a 314
km). Esta última e a de Cuiabá
são do grupo Quatro Marcos,
hoje em processo de recuperação judicial. As demais não tiveram a origem informada.
A expectativa é que os frigoríficos de Juara e Colider, além
de carne, produzam biodiesel a
partir do sebo.
Segundo nota do frigorífico, o
arrendamento aumentará sua
capacidade de abate em 5.150
animais por dia.
Essa ampliação significa que
diariamente, no país, 26 mil cabeças passarão a ser abatidas
pelo JBS-Friboi.
"Concluímos este movimento em sinal da confiança que temos no Brasil, gerando mais de
3.000 empregos, fortalecendo a
cadeia produtiva e expandindo
nossa participação no mercado
de carne bovina", afirmou, em
comunicado, o presidente da
companhia no Brasil, Joesley
Batista.
No primeiro semestre, o frigorífico Independência, um
dos maiores produtores de carne do Brasil e em recuperação
judicial desde fevereiro, cortou
mais de 7.000 empregos e desativou 11 unidades.
A crise no setor levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
a encomendar ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no
mês passado, uma análise sobre
o estado dos frigoríficos do país
e aventar um possível auxílio
do governo.
Números da balança comercial do agronegócio, divulgados
pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, expuseram a delicada situação do
mercado de carnes para exportação no país.
De janeiro a maio deste ano, a
receita das exportações do segmento ficou em US$ 4,41 bilhões. No mesmo período do
ano passado, foram US$ 5,65
bilhões -queda de 22%.
Nas carnes "in natura", o recuo foi de 32,1%.
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