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Setores têxtil e da indústria de base programam pedir incentivo
FÁTIMA FERNANDES
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois da redução de imposto
para incentivar as vendas de carros, outros setores, como o têxtil,
o de infra-estrutura e o de indústrias de base se preparam para pedir -ou intensificar pedidos-
benefícios fiscais para suas áreas.
O Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial)
entende que o estímulo à venda
de carros dado pelo governo é
certo, mas é uma medida incompleta. "Os setores que possuem
cadeias produtivas que empregam muita gente devem ser estimulados", afirma Júlio Gomes de
Almeida, diretor do instituto.
Os empresários do Iedi, afirma
ele, querem programas de estímulo para habitação, saneamento
e rodovias, principalmente, além
de atenção especial para quem
produz eletroeletrônicos, tecidos,
roupas, sapatos e móveis.
Empresários do setor de infra-estrutura deverão intensificar os
pedidos para que o governo coloque em prática suas propostas para a redução da carga tributária.
"Os impostos no Brasil não podem incidir sobre a produção, e
sim sobre os produtos que chegam ao consumidor", afirma José
Augusto Marques, presidente da
Abdib, associação que reúne a indústria de base.
Empresários do setor têxtil vão
continuar insistindo com o governo para que apóie a redução do
ICMS (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços) para o
setor, além de projetos para aumentar a produção, por meio de
financiamento do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social). "Não vamos
parar de pedir ações para ajudar o
setor a crescer", diz Paulo Skaf,
presidente da Abit, que reúne a
indústria têxtil.
Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq, associação que
reúne a indústria de brinquedos,
diz que, se a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) fosse adotada no setor como ocorreu para os automóveis, o
preço do brinquedo para o consumidor cairia cerca de 11%.
O Sinduscon-SP (sindicato paulista da indústria da construção
civil) vai entregar ao governo um
documento, que já está sendo elaborado, para pedir agilidade na liberação de linhas de crédito para
quem quer construir casas. Anteontem, o setor já havia se manifestado sobre receber incentivos.
"Não queremos que a Caixa
Econômica Federal empreste dinheiro para qualquer um. Mas
precisamos de uma política habitacional no país que facilite o financiamento", afirma Artur Quaresma, presidente do sindicato.
Chora mais, leva mais
"Não podemos ficar na política
de quem chora mais leva mais.
Vamos ver que resultados a redução traz. Apoiamos porque é um
segmento industrial, mas não nos
contentamos apenas com isso",
disse Horacio Lafer Piva, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O Sindicom (sindicato das distribuidoras de combustíveis) informa que o setor precisa imediatamente que o governo aumente a
fiscalização e coíba a sonegação
de tributos e a adulteração da gasolina e do álcool.
Colaborou Maeli Prado, da Reportagem
Local
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