São Paulo, sábado, 07 de agosto de 2004

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Taxação sobre consumo passa de 15%

DA REPORTAGEM LOCAL

O percentual de carga tributária incidente sobre o consumo em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) dobrou no Brasil da década de 70 para cá, segundo cálculos do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).
Os tributos embutidos em bens de consumo representaram, em média, 7,52% do PIB ao longo dos anos 70. A participação pulou para 15,47% no ano passado. Em 2004, a previsão do instituto é que o percentual suba para 15,89%.
A sopa de letras de impostos e contribuições que foram sendo estabelecidos ou ampliados no meio do caminho explicam o salto. O Finsocial, por exemplo, foi criado em 1982 com alíquota de 0,5% e subiu para 2%. A Cofins, que o substituiu, estava em 3% no início do ano e saltou para 7,6%.
O IPMF (imposto sobre movimentação financeira) foi estabelecido em 93 com alíquota de 0,25%. Hoje a CPMF (contribuição sobre movimentação financeira), que o sucedeu, é de 0,38%.
O Brasil tem uma carga tributária de 42,2% sobre salários, a segunda maior do mundo, segundo o IBPT. O "campeão" de tributação sobre salários é a Dinamarca, com 43,3%. "A diferença é que o sistema de previdência e saúde da Dinamarca é monumental. O cidadão não tem outros gastos", afirma Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT.


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