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Mercado Aberto
Guilherme Barros
@- guilherme.barros@uol.com.br
Risco fiscal aumenta com novo decreto
O novo decreto de programação orçamentária e financeira
de 2006, publicado dia 31 de julho, aumenta o risco de o governo não cumprir a meta de superávit primário de 4,25% neste
ano, segundo relatório elaborado pelo Credit Suisse intitulado
"Rigor fiscal aumenta com novo decreto de programação orçamentária".
O decreto reduziu a meta de
superávit primário do governo
central de 2,50% para 2,45% do
PIB e elevou a meta dos Estados e municípios de 0,90% para
0,95% do PIB. Outra medida foi
o aumento de R$ 4,8 bilhões
das reservas para pagamento
de despesas discricionárias
neste ano, o que mostra disposição de elevação dos gastos.
Para o Credit Suisse, todas
essas decisões aumentam o risco de não cumprimento da meta de superávit primário neste
ano. "No mínimo, tornam menos provável que se cumpra a
meta com alguma folga", diz o
relatório do banco.
Ao analisarem o novo decreto, os economistas do CS consideram otimista a projeção prevista para o crescimento da receita. Pela previsão do banco, o
novo decreto projeta um crescimento real de 7,4% para as receitas líquidas do governo central em 2006, praticamente o
mesmo ritmo do ano passado.
Para isso, as receitas líquidas
precisariam crescer 8,7% no segundo semestre em relação ao
mesmo período do ano passado. Os economistas do CS
acham, no entanto, que é alto o
risco desse crescimento ficar
abaixo dos 6% registrados no
primeiro semestre deste ano
em relação a 2005.
"O principal motivo seria a
redução do ritmo de crescimento das transferências de lucros e dividendos das estatais e
dos royalties sobre a exploração de petróleo e gás natural",
diz o relatório.
De acordo com o CS, as receitas tributárias teriam de crescer fortemente neste segundo
semestre. A expansão das receitas com impostos e contribuições teria de ser de 7,5% em
termos reais no segundo semestre deste ano.
Para o CS, caso o governo federal aproveite o espaço aberto
pelo decreto para aumentar os
gastos discricionários e o crescimento das receitas decepcione, a meta de superávit primário estará ameaçada.
NEGÓCIO URBANO
Em seu segundo ano no Brasil, a marca de moda urbana
norte-americana Ecko, inspirada no universo do grafite,
anuncia um cardápio de novos negócios. Entre as novidades
estão a expansão da grife para uma linha infantil, para o público de seis a 16 anos, a Ecko Kids, e uma nova linha esportiva, a Ecko Function. A empresa também abre sua primeira
"concept store" no Brasil, em São Paulo, e traz ao país uma
segunda marca, a Sean John, desenvolvida pelo rapper americano Puff Daddy (cujo nome de batismo é Sean John
Combs), que chegou a ganhar prêmios de associações de design dos EUA pelos produtos. Tudo deve acontecer logo no
começo de 2007. "O terceiro ano é o de crescimento", diz
Fernando Janeiro, porta-voz da marca no Brasil. A Ecko está presente em mais de 350 pontos-de-venda nas cinco regiões brasileiras. "Nosso objetivo é ser a principal marca do
mercado urbano do país, assim como nos EUA", afirma.
CRÉDITO NA GÔNDOLA
A financeira Itaú CBD, joint-venture criada pelo Itaú,
sob a marca Taií, e parceira do grupo Pão de Açúcar, completa dois anos. Apesar do aumento da inadimplência, que
levou o banco a revisar os planos para a financeira, em
2006, há o lançamento de três novos produtos: empréstimo pessoal no cheque e no cartão e seguro de proteção financeira com sorteios. A Itaú CBD pretende, até o fim do
ano, dobrar a carteira de financiamento de empréstimo e
aumentar em 25% o número de clientes, hoje na marca
dos 4 milhões. Para isso, Fernando Teles, o diretor da
Itaú CBD, afirma que estratégia é ocupar mais lojas. "Hoje estamos em 323 unidades de atendimento. Em três
anos, pretendemos ter atingido todas as lojas do grupo,
que são 555."
TÁ LIMPO 1
A Abipla (associação da
indústria de limpeza) e o Sipla (sindicato do setor) elegeram novos dirigentes. O presidente da Abipla é o vice-presidente de assuntos
corporativos da Unilever,
Luiz Carlos Dutra. A presidência do Sipla fica a cargo
de Pedro Martins da Silva,
diretor de Assuntos Corporativos da Procter&Gamble.
TÁ LIMPO 2
Os lançamentos e as expectativas do setor de higiene estarão em pauta na 17ª
edição da Higiexpo, que será
realizada entre 23 e 25 de
agosto no ITM Expo, em SP.
O setor movimentou US$ 4
bilhões em 2005 e prevê um
crescimento de 3% a 5% para este ano em relação a
2005. Ao todo, são 600 mil
empregos diretos no país.
CARRO ALUGADO
O mercado de locação de
automóveis de São Paulo ganha novo membro. Trata-se
da Let's, do grupo Morada
(transportador de suco de
laranja), que pretende faturar R$ 20 milhões até o fim
do ano com diferenciais como carro básico com ar-condicionado e diária de 38 horas. A atuação será localizada em São Paulo, em Campinas e em Ribeirão Preto.
ENTREGA RÁPIDA
Um estudo da Funcex
(Fundação Centro de Estudos e Comércio Exterior) sobre a carga tributária que
onera importações feitas
por courier comparou as alíquotas que incidem sobre
encomendas expressas e
convencionais. Uma encomenda expressa está sujeita
a uma alíquota de 60%, independente de seu conteúdo. Se o produto for trazido
por meio convencional, o
imposto cai para taxas que
variam de 7% a 45%, de
acordo com a mercadoria.
Segundo Ricardo Brandi, diretor da Abraec (associação
de empresas de entregas expressas), a entidade vai negociar com o governo uma
redução do imposto.
CABELO REBELDE
A Revlon Brasil anuncia
esta semana sua entrada
com a marca Rebelde no
mercado de produtos para
cabelo. Os géis colorem o cabelo de azul, amarelo e roxo.
DE OLHO NA FAMÍLIA
Pesquisa com 1.931 internautas, feita pelo Instituto
Qualibest, identifica o perfil
de quem contrata seguro de
vida (veja quadro ao lado).
Prioritariamente, o objetivo de quem faz seguro é a
proteção dos familiares.
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