São Paulo, sexta-feira, 07 de agosto de 2009

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Governo do Rio critica mudanças no marco do setor

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O secretário da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, Joaquim Levy, criticou ontem a mudança do marco regulatório do pré-sal. As regras atuais diz, já permitem à União se apropriar de uma parcela maior da receita do petróleo. "Não se deve mudar a regra do jogo. O marco atual é muito bom."
Responsável por 80% da produção de petróleo do país, o Rio é o maior beneficiário de royalties pela exploração do óleo.
Ex-secretário do Tesouro no primeiro mandato de Lula, Levy disse que a lei permite ao presidente da República alterar, por decreto, a alíquota da participação especial (royalty) de campos de alta produtividade e se apropriar de uma fatia maior da renda do petróleo.
Ele criticou ainda a proposta da criação de uma estatal para administrar os campos ainda não licitados do pré-sal e o regime de partilha de produção, escolhido pelo governo para as novas reservas.
Para Levy, o modelo de partilha é "complicado" de ser implementado especialmente porque permite às empresas que vão operar os campos deduzir os custos antes de dividir o óleo produzido com a União.
A discussão sobre a redistribuição da renda gerada pelo petróleo dessa área -a proposta do governo é criar um fundo social com o excedente- ocorre no momento em que a queda do preço do petróleo derrubou as receitas do Estado do Rio.
De janeiro a junho, a arrecadação de petróleo ficou em R$ 1,9 bilhão, com queda de 30,1% na comparação com igual período de 2008.


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