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Faturamento da indústria reage em junho, mas cai no semestre
JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A indústria teve o pior desempenho no primeiro semestre desde o início do governo
Lula, segundo a pesquisa Indicadores Industriais da CNI
(Confederação Nacional da Indústria). O faturamento real do
setor caiu em oito meses seguidos em relação aos mesmos períodos do ano anterior. O emprego teve seis quedas seguidas, na mesma comparação.
Apesar da piora em relação
ao ano passado, o faturamento
real das empresas foi melhor
em junho do que em maio, o
que representa o início da recuperação das atividades do setor.
A queda acumulada no primeiro semestre foi de 7,7%. Em junho, houve aumento de 1,6% da
receita real das empresas industriais em relação a maio.
Mesmo com a melhora ante o
mês anterior, o faturamento de
junho ainda foi 5,8% pior que
igual período de 2008, quando
a indústria entrava no período
do auge do crescimento.
O gerente-executivo da CNI,
Renato da Fonseca, prevê recuperação neste segundo semestre, exceto para as empresas exportadoras, que deverão ter aumento de faturamento apenas
no ano que vem.
Para Rogério César de Souza,
economista do Iedi (Instituto
de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), a recuperação no segundo semestre será
puxada pelo mercado interno,
alimentado pelo crédito, uma
vez que o emprego e a massa salarial ainda estão em queda.
O economista concorda com
a avaliação da CNI de que esta é
a pior crise para a indústria brasileira. "O tombo na produção
industrial foi histórico", disse.
A pesquisa da CNI começou a
ser feita em 2003, primeiro ano
de governo Lula. Fonseca afirmou que mesmo antes do início
da série não houve desempenho tão ruim quanto este. Na
avaliação dele, os seis primeiros meses deste ano foram piores que os da época do racionamento e da turbulência provocada pelas eleições de 2002.
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