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AUTOMÓVEIS
Para entidade, preço dos carros sobe por causa do dólar e do aço
Custo justifica reajuste, diz Anfavea
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores), Ricardo Carvalho, disse ontem que o
aumento dos preços dos veículos,
anunciado pelas montadoras nesta semana, foi decorrente da elevação nos custos das empresas e
da competição entre elas.
"Quando houve a redução no
IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados", foram dados descontos. A questão do aumento de
preços agora está ligada às oscilações do dólar e também do aço
usado na fabricação", justificou.
Segundo Carvalho, as montadoras estão com um nível de ociosidade de 40% e passam por um momento de "tremenda competitividade".
Em agosto as montadoras venderam 2,4% menos carros para as lojas em relação a igual mês de 2001. Em relação a julho, entretanto, as vendas cresceram 14,9%.
A associação estima que as vendas da indústria somarão 1,5 milhão de unidades em 2002. A produção deve ficar em 1,8 milhão e as exportações devem chegar neste ano a US$ 4 bilhões, estima o setor.
Migração
Ele disse que o objetivo da redução do IPI em agosto era aumentar as vendas de carros de valor intermediário e que esse objetivo foi
alcançado.
"Está havendo uma migração de populares para intermediários.
As vendas dos populares caíram de 75% para 64% do total em
agosto e a dos carros médios aumentou", afirmou.
Acordo
Carvalho reuniu-se no final da
tarde de ontem com o ministro
Sergio Amaral (Desenvolvimento). De acordo com o presidente
da Anfavea, o motivo do encontro
foi os acordos automotivos do
Brasil com a China, que começou
a ser discutido recentemente, e especialmente com o México e o
Chile, que estão emperrados "por
questões burocráticas".
O acordo com o México, por
exemplo, foi firmado no início de
julho e até hoje não saiu do papel.
"Falta só uma assinatura, um decreto do executivo que deve sair
até o fim de setembro", afirmou
Carvalho.
Pelo acordo com o México, que
implica estender aos caminhões
os benefícios concedidos ao comércio de automóveis, a alíquota
cai de 8% para 1,1% no primeiro
ano de vigência e depois vai à zero. No caso do Chile, é zero desde
o início.
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