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COMBUSTÍVEIS
Mesmo com as altas do petróleo e do dólar, estatal deverá manter os preços inalterados até as eleições
Petrobras não cogita aumentar gasolina já
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar de o preço do petróleo
do tipo brent -óleo do mercado
europeu usado como referência
pela Petrobras- ter subido
10,66% e de a cotação do dólar ter
aumentado 9% desde o último
reajuste da gasolina (6,75%, em 30
de junho), a Petrobras continua
não cogitando aumentar o preço
do combustível.
De 1º de julho até ontem, o barril de óleo brent passou de US$
25,71 para US$ 28,45, e o dólar
passou de R$ 2,90 para R$ 3,16.
O preço internacional do petróleo e a cotação do dólar são as
duas variáveis básicas para definir
se os preços aumentam ou caem
no Brasil.
Até o começo de julho, a Petrobras vinha usando os dois parâmetros para formar seus preços
em intervalos que chegaram a ser
estipulados (para a gasolina e o
óleo diesel) em 15 dias, dependendo de quanto o petróleo e o dólar
subissem nesse período.
O governo decidiu então intervir no mercado, fazendo, a partir
de agosto, um tabelamento formal do preço do gás de botijão na
refinaria. Mesmo sem tabelamento formal, os demais combustíveis
também pararam de subir.
Avaliação
"A Petrobras mantém sua avaliação contínua das condições do
mercado", foi a resposta da direção da empresa sobre o que ela
iria fazer em relação a preços
diante do novo movimento de alta no mercado internacional, causado, principalmente, pela ameaça de um ataque generalizado dos
Estados Unidos ao Iraque.
A frase significa que a empresa
vai seguir à espera de sinais de estabilidade nos mercados para definir o que fará. Como o processo
eleitoral é considerado um dos fatores de desestabilização da cotação do dólar, o governo, que controla a Petrobras, já deu várias indicações de que não haverá reajustes antes das eleições.
Sobre eventuais problemas de
abastecimento causados por um
possível ataque americano ao Iraque, a Petrobras avalia que, como
o Brasil produz hoje cerca de 83% do petróleo que consome, a vulnerabilidade do país em relação a um choque de oferta de óleo é baixa. Ou seja, o país não teria sérios problemas de abastecimento.
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