São Paulo, sábado, 07 de setembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda americana subiu 0,25% e fechou o dia valendo R$ 3,16, após cinco pregões seguidos de alta

Dólar encerra a semana com alta de 5%

DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar subiu 5% em cinco pregões de alta nesta semana. Ontem, a moeda norte-americana fechou com valorização de 0,25%, negociada a R$ 3,16.
O mercado cambial iniciou o dia bastante nervoso, com as preocupações em torno do ataque dos EUA ao Iraque. O dólar chegou a subir 1,17%.
Pela manhã, a informação era que teria sido o maior ataque ao país em quatro anos, o que não foi confirmado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. Dessa forma, o mercado reduziu sua preocupação com o assunto.
O Banco Central prosseguiu com a rolagem dos cerca de US$ 2 bilhões em títulos cambiais que vencem na quarta-feira, 11 deste mês. Foram rolados mais US$ 319,5 milhões em contratos de "swap" cambial (espécie de seguro contra a variação do dólar) ontem que, somados aos US$ 716 milhões da quinta-feira, representam 52,6% do vencimento da próxima semana.
As taxas bateram em 31% e ficaram um pouco acima das pedidas pelo mercado anteontem, de 30%.
Houve novos rumores em relação às eleições. Primeiro, o recorrente boato de que o candidato do PSB, Anthony Garotinho, teria renunciado à disputa.
A notícia desagradaria ao mercado, pois ele cogitava a possibilidade de os votos migrarem para Ciro Gomes (PPS) ou para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não para José Serra (PSDB). Depois houve rumores de que uma nova pesquisa de intenção de voto mostraria queda de Ciro.
Serra é o candidato do mercado por ser associado à manutenção da atual política econômica. Segundo os operadores, há grande expectativa e preocupação para saber se ele conseguirá disputar o segundo turno das eleições.
A Bolsa de Valores de São Paulo também não conseguiu se valorizar nesta semana. Em um dia apático, o Ibovespa caiu 0,06%, para 9.716 pontos. O giro financeiro, como anteontem, foi pequeno, de apenas R$ 367,074 milhões.
No mercado futuro, as projeções para os juros subiram. Os contratos para janeiro de 2003, os mais negociados, passaram de 20,65% para 20,86%.
Os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, fecharam com valorização de 0,7% e voltaram a ficar acima de US$ 0,60.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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