DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil pode conseguir a classificação de "grau de investimento" nos próximos quatro anos, avaliou ontem o secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall. Em palestra para executivos do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças), o secretário disse que "é realista supor que no próximo mandato presidencial temos todas as condições de chegarmos lá".
Agências internacionais de classificação de risco dão notas para papéis emitidos por empresas e governos. No caso de governos, são considerados "grau de investimento" aqueles que têm nota acima de um determinado patamar, considerado de risco moderado ou baixo.
Uma série de instituições, como fundos de pensão, são proibidas de investirem seus recursos em ativos muito arriscados. Assim, quando um papel obtém a classificação de "grau de investimento", ganha mercado maior, o que faz cair os juros cobrados pelos investidores.
Kawall, no entanto, disse que "chegar ao grau de investimento não é chegar ao paraíso" e ressaltou que hoje, quando boa parte dos grandes países emergentes já chegou lá, "é quase dever do ofício" conseguir a classificação.


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