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PREÇOS
Após alta de 1,31% em agosto, IGP-DI sobe 0,48% no mês passado; queda ocorreu em todos os componentes do índice
FGV também mostra declínio da inflação
GABRIELA WOLTHERS
DA SUCURSAL DO RIO
Mais um índice de inflação
apresentou forte desaceleração
no mês passado. O IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), da Fundação Getúlio Vargas, registrou alta de
0,48%, bastante inferior à de
agosto, de 1,31%. Anteontem, a
Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas) já havia divulgado que a inflação em São Paulo
ficou em 0,21% em setembro,
contra 0,99% em agosto.
O IGP-DI ficou abaixo da expectativa do mercado, que previa
0,70%. É o menor índice desde
outubro do ano passado, quando
ficou em 0,44%. O IGP-DI é utilizado para o reajuste de preços nos
serviços de telefonia, e acumula
alta de 10,06% no ano e de 11,74%
em 12 meses.
Os três índices que compõem o
IGP-DI apresentaram desaceleração. O IPA (Índice de Preços por
Atacado), que representa 60% do
IGP-DI, caiu de 1,59% em agosto
para 0,65% no mês passado e foi o
principal responsável pelo recuo
da inflação.
Já os preços no varejo, medidos
pelo IPC (Índice de Preços ao
Consumidor), recuaram de
0,79% em agosto para apenas
0,01% em setembro. O IPC tem
peso de 30% no índice geral de inflação. O INCC (Índice Nacional
da Construção Civil) teve alta de
0,58% em setembro, após registrar elevação de 0,81% em agosto.
"Esse é o aspecto mais importante, pois os três componentes
do IGP desaceleraram", afirmou
Salomão Quadros, coordenador
de análises econômicas da FGV.
"E, dentro de cada um desses
itens, as desacelerações são marcantes. Isso mostra que a queda é
consistente e tem condições de
perdurar."
Ele destaca que, nos preços por
atacado, dos 18 gêneros industriais, 14 tiveram queda. "Isso dá
uma boa visão de como o movimento de recuo na taxa foi formado por várias contribuições."
No atacado, os bens de consumo registraram deflação de 0,4%
em setembro, contra alta de 1,62%
em agosto. Dentro desse item, os
preços dos produtos agrícolas
apresentaram queda de 0,64%,
contra alta de 0,53% em agosto.
No varejo, o setor de alimentação também teve deflação, desta
vez de 1,05%, contra alta de 1,63%
em agosto. Também registraram
quedas os transportes (0,10%, ante alta de 1,34%) e despesas diversas (0,08%, ante alta de 0,03%).
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