São Paulo, domingo, 07 de outubro de 2007

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Ações de sindicatos são pontuais, dizem dirigentes e militantes da causa GLBT

DA REPORTAGEM LOCAL

As ações para garantir a extensão de direitos presentes nos acordos coletivos a trabalhadores que têm parceiros do mesmo sexo ainda são pontuais e enfrentam o preconceito dos próprios sindicalistas.
A avaliação é de dirigentes sindicais e militantes da causa GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) do país.
"É preciso combater a discriminação que existe entre os próprios sindicalistas. Há várias categorias em que o machismo predomina. Essa discussão nesse meio ainda está distante", diz Solange Aparecida Caetano, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo e integrante do grupo GLBT da CUT-SP.
O grupo deve fazer em novembro um seminário com as entidades filiadas à CUT para discutir a idéia de adotar cotas em empresas para trabalhadores GLBT. "Vamos lançar a discussão", afirma a sindicalista.
Ela diz que retornou de um fórum em Viena, na Áustria, onde sindicalistas discutiram políticas públicas para a comunidade GLBT. "Reino Unido e Canadá são alguns dos países em que os sindicatos adotaram benefícios como licença de cinco dias para casamento ou cerimônia de compromisso ou licença no caso de morte de familiares do companheiro."
Para Deco Ribeiro, presidente do grupo E-jovem, as ações dos sindicatos ainda são muito pontuais. "Algumas empresas, inclusive estatais, começaram a incorporar alguns benefícios após anos de reivindicação. E outras por causa do compromisso com a imagem de ser socialmente responsável."
Os enfermeiros têm direito, desde 2004, a três dias de folga em caso de morte de alguns familiares -inclusive para trabalhadores com parceiros do mesmo sexo. Convenção assinada em 2006 permite aos bancários da ativa e aposentados da Caixa e do Banco do Brasil incluir parceiros do mesmo sexo em planos de saúde, segundo o sindicato da categoria.
(CR)

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