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entrevista
Empresa mira clientes de baixa renda
DA REPORTAGEM LOCAL
Prestes a completar um
ano à frente da Microsoft
no Brasil, o engenheiro
Michel Levy tem uma missão ousada: consolidar a
presença da companhia no
país com produtos e serviços que caibam em todos
os bolsos e caixas.
FOLHA - Como a Microsoft vai
se posicionar com a explosão
das vendas de computador?
MICHEL LEVY - Acontece
com os desktops o que a
telefonia celular experimentou nos últimos cinco
anos. Os incentivos fiscais
derrubaram os preços e os
varejistas começaram a
dar crédito aos clientes, virando o epicentro dessa
febre de consumo. Por isso, estamos intensificando
nossa presença não só nas
grandes redes como no varejo segmentado.
FOLHA - Alguns analistas afirmam que a venda de softwares tende a diminuir com o
crescimento da internet. A Microsoft aposta nisso?
LEVY - A oferta de banda
larga a preços acessíveis
permite combinar a venda
de software com serviços
via internet. O Office não é
mais um software só para
ser instalado no computador. Ele se complementa
com serviços via internet.
Há também o modelo de
aluguel de softwares, uma
solução econômica e
atraente para firmas de
pequeno e médio porte.
FOLHA - A Microsoft não dará
mais atenção a elas?
LEVY - Mais que isso. O
crescimento da Microsoft
no Brasil depende das empresas de pequeno e médio porte. A parceria com a
Telefônica é um exemplo
de que é possível encontrar soluções para esse público. Entramos com o
software, a Positivo Informática com os computadores e a Telefônica com o
acesso à internet. O cliente
paga um aluguel pelo pacote que custa menos do
que se comprasse cada
item separadamente em
parcelas. Esse produto está em teste e deverá ser
vendido em larga escala.
FOLHA - A Microsoft também
tem projetos para os brasileiros mais desprovidos?
LEVY - Dizem que é um
mercado bilionário. Estamos pesquisando e desenvolvendo soluções em plataforma pré-paga que possam ser adaptadas aos
nossos produtos.
(JW)
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