São Paulo, domingo, 07 de outubro de 2007

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entrevista

Empresa mira clientes de baixa renda

DA REPORTAGEM LOCAL

Prestes a completar um ano à frente da Microsoft no Brasil, o engenheiro Michel Levy tem uma missão ousada: consolidar a presença da companhia no país com produtos e serviços que caibam em todos os bolsos e caixas.

FOLHA - Como a Microsoft vai se posicionar com a explosão das vendas de computador?
MICHEL LEVY
- Acontece com os desktops o que a telefonia celular experimentou nos últimos cinco anos. Os incentivos fiscais derrubaram os preços e os varejistas começaram a dar crédito aos clientes, virando o epicentro dessa febre de consumo. Por isso, estamos intensificando nossa presença não só nas grandes redes como no varejo segmentado.

FOLHA - Alguns analistas afirmam que a venda de softwares tende a diminuir com o crescimento da internet. A Microsoft aposta nisso?
LEVY
- A oferta de banda larga a preços acessíveis permite combinar a venda de software com serviços via internet. O Office não é mais um software só para ser instalado no computador. Ele se complementa com serviços via internet.
Há também o modelo de aluguel de softwares, uma solução econômica e atraente para firmas de pequeno e médio porte.

FOLHA - A Microsoft não dará mais atenção a elas?
LEVY
- Mais que isso. O crescimento da Microsoft no Brasil depende das empresas de pequeno e médio porte. A parceria com a Telefônica é um exemplo de que é possível encontrar soluções para esse público. Entramos com o software, a Positivo Informática com os computadores e a Telefônica com o acesso à internet. O cliente paga um aluguel pelo pacote que custa menos do que se comprasse cada item separadamente em parcelas. Esse produto está em teste e deverá ser vendido em larga escala.

FOLHA - A Microsoft também tem projetos para os brasileiros mais desprovidos?
LEVY
- Dizem que é um mercado bilionário. Estamos pesquisando e desenvolvendo soluções em plataforma pré-paga que possam ser adaptadas aos nossos produtos. (JW)


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