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Câmbio e demanda em queda pioram expectativa para 2009
CIRILO JUNIOR
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
O dólar vai se sustentar em
patamar maior, e a demanda
doméstica precisará ter controle ainda mais forte por parte do
Banco Central, avaliaram especialistas em debate ontem, no
Rio. A política de elevação dos
juros poderá se sustentar por
um prazo maior, segurando a
demanda e piorando a perspectiva de crescimento em 2009.
Economista-chefe do Santander, Alexandre Schwartsman disse que a queda dos preços das commodities reduz a
capacidade de crescimento da
demanda doméstica. Essa necessidade interna crescia acima
do PIB e era compensada com
as importações. Com o menor
faturamento das exportações, a
capacidade de importação do
país fica mais reduzida, disse.
"O aumento de juros pode se
estender para o ano que vem.
Mantemos os números, com
viés negativo, com mais inflação e menos crescimento", disse, em seminário da Fundação
Getulio Vargas. O Santander
estima IPCA de 4,5% e crescimento de 3,5% em 2009.
A desvalorização cambial e os
demais efeitos da crise farão
com que a próxima reunião do
Copom seja uma das "mais difíceis desde 2003", afirmou o
chefe do departamento de risco
de mercados do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), Fábio
Giambiagi, que evitou comentar como o BC deve proceder.
Para Carlos Langoni, diretor
do Centro de Economia Mundial da FGV, o governo pode
poupar "munição monetária" e
investir na economia fiscal, elevando o superávit primário.
Menos crescimento
De acordo com a pesquisa semanal Focus, realizada pelo
Banco Central, a expectativa
para o crescimento do PIB
(Produto Interno Bruto, soma
das riquezas produzidas) em
2008 subiu de 5,18% para
5,20%. Para 2009, caiu de
3,55% para 3,50%.
Segundo a pesquisa, as previsões para o dólar subiram de
R$ 1,70 para R$ 1,80 no final
deste ano; e de R$ 1,77 para
R$ 1,82 em dezembro de 2009.
Colaborou a Folha Online, em Brasília
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