São Paulo, quarta-feira, 07 de outubro de 2009

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Registro de equipamento médico demora até um ano

Os fabricantes de equipamentos médicos enfrentam um entrave para o lançamento de produtos no mercado brasileiro. Apesar de a lei determinar um prazo máximo de 90 dias para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitir um parecer sobre o pedido de registros de equipamentos, a espera pode chegar a um ano, segundo a Abimo (associação do setor). A Anvisa informa que a análise leva, em média, entre seis e nove meses.
A Anvisa recebe por mês cerca de 1.500 pedidos de registro de produtos, segundo o diretor do órgão, Dirceu Barbano. Hoje, ele estima que cerca de 6.000 pedidos estão com o parecer atrasado no órgão.
A consequência dessa demora é um atraso tecnológico do Brasil na área médica, diz o vice-presidente da Abimo, Afonso Medeiros. "Enquanto o resto do mundo lança produtos, a indústria brasileira fica parada, esperando o registro. Além dos fabricantes, isso prejudica os pacientes, que poderão fazer tratamentos com um equipamento novo apenas um ano depois que ele foi desenvolvido."
Medeiros ressalta que o setor não questiona a capacidade técnica da Anvisa em avaliar os pedidos de registro, mas acredita que a equipe do órgão é insuficiente para atender a demanda do setor.
Barbano não concorda. Para ele, o que precisa de adequação é o processo de registro. "Na época em que as normas foram definidas, a complexidade técnica das inovações era outra."
Segundo ele, algumas mudanças já foram implementadas. Uma delas, que entrou em vigor em março, permite a flexibilização das regras de avaliação para produtos de baixa complexidade tecnológica. "Não podemos mais exigir os mesmos procedimentos de análise para uma cadeira de rodas simples e para um aparelho de ressonância magnética."
O quadro total da Anvisa é de 2.000 servidores, mas Barbano não quis divulgar quantos atuam na divisão responsável por equipamentos médicos.

"BIENAL DO HUMOR"
O humorista Paulo Bonfá e o empresário Alain Levi, da agência Infinito Cultural, vão promover a Risadaria, evento que reunirá 120 artistas, como Marcelo Madureira ("Casseta&Planeta") e Marcelo Tas ("CQC"), no prédio da Bienal, em SP, entre 18 e 22 de março de 2010. A expectativa é receber um público superior a 50 mil pessoas. Bonfá e Levi estão negociando as cotas de patrocínio do evento, que variam de R$ 250 mil a R$ 2 milhões. Com custo total de R$ 8 milhões, o evento já conta com R$ 6 milhões de incentivos aprovados pela Lei Rouanet. Toda a arrecadação da bilheteria será doada à ONG Doutores da Alegria.

A TODO O VAPOR
Contando com o restabelecimento da demanda mundial, o consórcio Alumar prevê que em abril de 2010 a sua refinaria já esteja produzindo à plena capacidade de 3,5 milhões de toneladas de alumina por ano, um aumento de 2 milhões em relação ao que lograva antes da reforma iniciada em 2007. As obras, executadas no Maranhão pela Usiminas Mecânica sob um contrato de R$ 550 milhões, serão entregues no final de novembro em cerimônia que na qual a presença do presidente Lula é esperada.

ACORDO
Depois de aceitar uma "proposta voluntária de compromisso de preços" feita pela Tramontina, a ministra da Produção da Argentina, Débora Giorgi, suspendeu ontem uma investigação contra a empresa por suposta prática de dumping na venda de talheres de aço inoxidável ao país, aberta em abril de 2008. Os valores mínimos de exportação fixados no acordo vão de US$ 0,16 (por unidade de colher de café) a US$ 285,40 (jogo de 101 peças). A Tramontina não quis comentar a questão.

AUDIÊNCIA
A juíza Márcia de Carvalho, da 2ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, negou ontem a concessão de uma liminar para paralisar a negociação entre as petroquímicas Quattor e Braskem. Antes, a Justiça quer ouvir as empresas. A fusão que negociam enfrenta a resistência de uma das sócias da Quattor, Joanita Geyer.

REBAIXADA
Após perder 11 bilhões de euros na tentativa de assumir o controle do grupo Volkswagen, a família Porsche deixou a lista dos dez mais ricos da Alemanha, segundo levantamento da revista "Manager Magazin".

CORRIDA
Com uma venda de 30,7 mil veículos, a Ford teve em setembro seu segundo melhor desempenho no Brasil, atrás apenas do de junho. Ante agosto, a alta foi de 27%. A montadora atribui o resultado ao interesse dos consumidores em aproveitar a redução do IPI.

INVESTIMENTO
A área de educação foi a que mais recebeu recursos de responsabilidade social dos bancos no ano passado: R$ 444,4 milhões, ante R$ 404,8 milhões em 2007.

com DENISE GODOY, JOANA CUNHA, MARINA GAZZONI, SILVANA ARANTES e AGNALDO BRITO


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