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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Registro de equipamento médico demora até um ano
Os fabricantes de equipamentos médicos enfrentam um
entrave para o lançamento de
produtos no mercado brasileiro. Apesar de a lei determinar
um prazo máximo de 90 dias
para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
emitir um parecer sobre o pedido de registros de equipamentos, a espera pode chegar a um
ano, segundo a Abimo (associação do setor). A Anvisa informa
que a análise leva, em média,
entre seis e nove meses.
A Anvisa recebe por mês cerca de 1.500 pedidos de registro
de produtos, segundo o diretor
do órgão, Dirceu Barbano. Hoje, ele estima que cerca de
6.000 pedidos estão com o parecer atrasado no órgão.
A consequência dessa demora é um atraso tecnológico do
Brasil na área médica, diz o vice-presidente da Abimo, Afonso Medeiros. "Enquanto o resto
do mundo lança produtos, a indústria brasileira fica parada,
esperando o registro. Além dos
fabricantes, isso prejudica os
pacientes, que poderão fazer
tratamentos com um equipamento novo apenas um ano depois que ele foi desenvolvido."
Medeiros ressalta que o setor
não questiona a capacidade
técnica da Anvisa em avaliar os
pedidos de registro, mas acredita que a equipe do órgão é insuficiente para atender a demanda do setor.
Barbano não concorda. Para
ele, o que precisa de adequação
é o processo de registro. "Na
época em que as normas foram
definidas, a complexidade técnica das inovações era outra."
Segundo ele, algumas mudanças já foram implementadas. Uma delas, que entrou em
vigor em março, permite a flexibilização das regras de avaliação para produtos de baixa
complexidade tecnológica.
"Não podemos mais exigir os
mesmos procedimentos de
análise para uma cadeira de rodas simples e para um aparelho
de ressonância magnética."
O quadro total da Anvisa é de
2.000 servidores, mas Barbano
não quis divulgar quantos
atuam na divisão responsável
por equipamentos médicos.
"BIENAL DO HUMOR"
O humorista Paulo Bonfá e o empresário Alain
Levi, da agência Infinito
Cultural, vão promover a
Risadaria, evento que reunirá 120 artistas, como
Marcelo Madureira ("Casseta&Planeta") e Marcelo
Tas ("CQC"), no prédio da
Bienal, em SP, entre 18 e
22 de março de 2010. A
expectativa é receber um
público superior a 50 mil
pessoas. Bonfá e Levi estão negociando as cotas de
patrocínio do evento, que
variam de R$ 250 mil a
R$ 2 milhões. Com custo
total de R$ 8 milhões, o
evento já conta com R$ 6
milhões de incentivos
aprovados pela Lei Rouanet. Toda a arrecadação
da bilheteria será doada à
ONG Doutores da Alegria.
A TODO O VAPOR
Contando com o restabelecimento da demanda mundial, o consórcio Alumar prevê que em abril de 2010 a sua
refinaria já esteja produzindo à plena capacidade de 3,5
milhões de toneladas de alumina por ano, um aumento
de 2 milhões em relação ao
que lograva antes da reforma
iniciada em 2007. As obras,
executadas no Maranhão pela Usiminas Mecânica sob
um contrato de R$ 550 milhões, serão entregues no final de novembro em cerimônia que na qual a presença do
presidente Lula é esperada.
ACORDO
Depois de aceitar uma
"proposta voluntária de
compromisso de preços" feita pela Tramontina, a ministra da Produção da Argentina, Débora Giorgi, suspendeu ontem uma investigação
contra a empresa por suposta prática de dumping na
venda de talheres de aço inoxidável ao país, aberta em
abril de 2008. Os valores mínimos de exportação fixados
no acordo vão de US$ 0,16
(por unidade de colher de café) a US$ 285,40 (jogo de 101
peças). A Tramontina não
quis comentar a questão.
AUDIÊNCIA
A juíza Márcia de Carvalho, da 2ª Vara Empresarial
do Rio de Janeiro, negou ontem a concessão de uma liminar para paralisar a negociação entre as petroquímicas Quattor e Braskem. Antes, a Justiça quer ouvir as
empresas. A fusão que negociam enfrenta a resistência
de uma das sócias da Quattor, Joanita Geyer.
REBAIXADA
Após perder 11 bilhões de
euros na tentativa de assumir o controle do grupo
Volkswagen, a família Porsche deixou a lista dos dez
mais ricos da Alemanha, segundo levantamento da revista "Manager Magazin".
CORRIDA
Com uma venda de 30,7
mil veículos, a Ford teve em
setembro seu segundo melhor desempenho no Brasil,
atrás apenas do de junho.
Ante agosto, a alta foi de
27%. A montadora atribui o
resultado ao interesse dos
consumidores em aproveitar
a redução do IPI.
INVESTIMENTO
A área de educação foi a
que mais recebeu recursos
de responsabilidade social
dos bancos no ano passado:
R$ 444,4 milhões, ante
R$ 404,8 milhões em 2007.
com DENISE GODOY, JOANA CUNHA, MARINA GAZZONI, SILVANA ARANTES e AGNALDO BRITO
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