São Paulo, quarta-feira, 07 de outubro de 2009

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Vendas de motos caem 17% no 3º trimestre

Escassez de crédito afeta o setor, que espera recuperação

DANILO VILELA BANDEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O volume de motocicletas vendidas no Brasil no terceiro trimestre caiu a 419 mil unidades, 17% menor que no mesmo período do ano passado. O setor, que em janeiro chegou a registrar queda superior a 40% nas vendas internas, sofre com a escassez de crédito. Os dados são da Abraciclo, entidade representativa dos fabricantes de motos e bicicletas.
Apesar de as vendas terem se retraído inclusive na comparação com o segundo trimestre (-2,2%), quando a intensidade da crise econômica mundial era maior, representantes das montadoras veem com otimismo os próximos meses.
"Depois das grandes oscilações do começo do ano, atingimos um equilíbrio", diz Paulo Shuiti Takeuchi, presidente da Abraciclo. "Agora é retomar o crescimento, aproveitando o 13º e os trabalhos temporários de final de ano."
O problema do crédito, no entanto, persiste. Desde o agravamento da crise, no fim do ano passado, o volume de pedidos de financiamento negados subiu cerca de 150%, atingindo metade de todas as demandas, de acordo com Moacyr Paes, diretor-executivo da Abraciclo.
O motivo foi a explosão das taxas de inadimplência no segmento, voltado majoritariamente para as classes C e D e prejudicado por alto risco de operação, poucas garantias e baixas margens de lucro.
Outro fator que pode dificultar a recuperação é o fim da isenção da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), benefício que barateou em 3% as motocicletas e expirou em 1º de outubro. Para Takeuchi, o repasse do aumento depende das estratégias das montadoras.
A Abraciclo projeta vendas de 1,67 milhão de unidades até o fim do ano, volume semelhante ao de 2007, mas 16% inferior ao de 2008.


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