|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Vendas de motos caem 17% no 3º trimestre
Escassez de crédito afeta o setor, que espera recuperação
DANILO VILELA BANDEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O volume de motocicletas
vendidas no Brasil no terceiro
trimestre caiu a 419 mil unidades, 17% menor que no mesmo
período do ano passado. O setor, que em janeiro chegou a registrar queda superior a 40%
nas vendas internas, sofre com
a escassez de crédito. Os dados
são da Abraciclo, entidade representativa dos fabricantes de
motos e bicicletas.
Apesar de as vendas terem se
retraído inclusive na comparação com o segundo trimestre
(-2,2%), quando a intensidade
da crise econômica mundial
era maior, representantes das
montadoras veem com otimismo os próximos meses.
"Depois das grandes oscilações do começo do ano, atingimos um equilíbrio", diz Paulo
Shuiti Takeuchi, presidente da
Abraciclo. "Agora é retomar o
crescimento, aproveitando o
13º e os trabalhos temporários
de final de ano."
O problema do crédito, no
entanto, persiste. Desde o agravamento da crise, no fim do ano
passado, o volume de pedidos
de financiamento negados subiu cerca de 150%, atingindo
metade de todas as demandas,
de acordo com Moacyr Paes, diretor-executivo da Abraciclo.
O motivo foi a explosão das
taxas de inadimplência no segmento, voltado majoritariamente para as classes C e D e
prejudicado por alto risco de
operação, poucas garantias e
baixas margens de lucro.
Outro fator que pode dificultar a recuperação é o fim da
isenção da Cofins (Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social), benefício
que barateou em 3% as motocicletas e expirou em 1º de outubro. Para Takeuchi, o repasse
do aumento depende das estratégias das montadoras.
A Abraciclo projeta vendas
de 1,67 milhão de unidades até
o fim do ano, volume semelhante ao de 2007, mas 16% inferior ao de 2008.
Texto Anterior: Juíza aceita plano de recuperação da VarigLog Próximo Texto: Apple lança primeira loja virtual no Brasil Índice
|