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COMBUSTÍVEIS
Para representantes de distribuidores e revendedores, não há motivo para tabelamento, como cogitou ANP
Postos negam abuso no preço da gasolina
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Representantes de revendedores e de distribuidores de combustíveis consideram que não há
prática de preço abusivo e que,
por isso, não existe motivo para a
ANP (Agência Nacional do Petróleo) controlar preços.
O presidente da Fecombustíveis
(federação dos postos de combustíveis), Luiz Gil Siuffo, disse que
não há razão para tabelamento,
pois o mercado é "altamente
competitivo".
Anteontem, o diretor-geral da
ANP, Sebastião do Rêgo Barros,
disse que a agência planeja voltar
a controlar o preço dos produtos
-como já ocorrera com o gás de
cozinha- se fossem notados preços abusivos.
Para Siuffo, Rêgo Barros fez referência ao mercado de gás de cozinha, e não ao de combustíveis líquidos. Ele disse que o preço da
gasolina nas bombas só não cairá
o previsto se for aumentado o valor da base de cálculo do ICMS
dos Estados, o que pode representar uma alta de R$ 0,06 por litro.
A gasolina subiu 12,09% na refinaria. A Petrobras prevê uma alta
ao consumidor de 9%. A Fecombustíveis estima aumento de 8% a
9% por causa do reajuste da estatal e de mais 3% por conta do aumento do álcool, que é misturado
em 25% à gasolina.
O diretor do Sindicom (sindicato das distribuidoras de combustíveis) Paulo Borguetti afirmou
que não há motivos para o controle de preços. Para ele, o mercado "tem uma competição enlouquecida na ponta [distribuição e
revenda]", o que impede um
acordo de preços.
Borguetti disse que as distribuidoras não aproveitarão a alta do
preço na refinaria para aumentar
as margens de lucro.
O Sindicom representa as 12
maiores distribuidoras do país
-como BR, Ipiranga e Shell-,
que concentram mais de 75% do
mercado.
Para Agostinho Simões, diretor
do Sindigás (sindicato das distribuidoras de gás), não há abuso
por parte das distribuidoras. Ele
negou que elas combinem preços
ou façam acordos para elevar as
margens de lucro de forma coordenada.
O Sindigás afirma esperar o
mesmo repasse ao consumidor
calculado pela Petrobras: 12%, o
que elevaria o preço médio do botijão de 13 quilos dos atuais R$ 23
para R$ 26.
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