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Brasil negocia
venda de carro
para a África
ELIANE CANTANHÊDE
ENVIADA A WINDHOEK
Um acordo para a exportação
de picapes e carros populares para a África do Sul será discutido
hoje em Brasília, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
desembarca quase ao mesmo
tempo no país africano.
O Ministério do Desenvolvimento sediará uma reunião com
representantes da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de
Veículos Automotores), apesar de
o ministro Luiz Fernando Furlan
integrar a comitiva de Lula.
O acordo Brasil-África do Sul é
considerado pelo diretor de Promoção Comercial do Itamaraty,
embaixador Mário Villalva, como
uma espécie de casamento de interesses para os dois lados.
O país africano, o mais rico do
sul do continente, com renda per
capita de US$ 2.322, tem boa frota
de carros sofisticados, mas é carente de carros populares. Já o
Brasil tem uma capacidade instalada de 3,2 milhões de automóveis
e só produz 1,8 milhão pelas condições econômicas adversas.
Além disso, os dois países já têm
negócios bilaterais há décadas,
com um detalhe: a brasileira Marcopolo, do Rio Grande do Sul, é a
maior fornecedora de ônibus urbanos, interestaduais, públicos e
privados do país.
A África do Sul tem uma vantagem especial para o Brasil: uma
infra-estrutura e uma integração,
interna e com os vizinhos, muito
melhores do que os demais países
do continente. Pode ser, assim,
uma ponta de entrada do Brasil
para o resto da África.
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