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ENERGIA
Light pede 51%, e Aneel dá 4,2% de reajuste
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A tarifa de energia elétrica aumenta hoje, em média, 4,16% para os 3,3 milhões de clientes da
Light, distribuidora que atende ao
Rio de Janeiro e a mais 32 municípios da região metropolitana do
Estado. Para o consumidor residencial, o aumento é de 2,14%.
A Light, em nota divulgada pela
assessoria de imprensa, se disse
"surpresa" com o índice, considerado baixo, e afirmou que estuda
a possibilidade de recorrer à Justiça contra a decisão da agência. Na
nota, a empresa afirma que "o mínimo aceitável [de reajuste] seria
entre 10% e 12%".
É o menor reajuste do processo
de revisão tarifária que tem sido
conduzido pela Aneel (Agência
Nacional de Energia Elétrica) em
17 distribuidoras neste ano. Segundo os números apresentados
pela empresa à Aneel, o aumento
deveria ter sido de 51%.
Para a Eletropaulo, que atende a
capital e a região metropolitana
do Estado de São Paulo, por
exemplo, o reajuste médio causado pela revisão tarifária foi de
9,62%, em maio.
As tarifas para os grandes consumidores (comércio e indústria)
da Light sobem entre 5,85% e
10,01%. O aumento é menor para
os consumidores residenciais
porque o governo está reduzindo
o subsídio na tarifa dos grandes
consumidores -isso ocorre porque esse subsídio é bancado pelo
consumidor residencial.
Divergência
Em setembro, a Aneel colocou
em consulta pública a proposta de
reajuste da Light. Nessa proposta,
o aumento médio era de 6,15%.
Ontem a agência informou que o
índice caiu porque, depois do
processo de consulta pública, a
Light reajustou o valor da tarifa
paga pelos consumidores livres
(que podem escolher de quem
compram energia) para o uso de
sua rede de transmissão.
Esse reajuste nas tarifas de uso
da rede provocou aumento de receita da distribuidora e, por isso, o
reajuste médio da tarifa aos consumidores foi menor. A Light argumenta, no entanto, que boa
parte desse aumento de receita
não fica com a empresa, que ficaria com 27% do que é pago pelos
consumidores que usam a rede.
O processo de revisão tarifária
acontece, em média, a cada quatro anos. Não se confunde com o
reajuste anual previsto em contrato -que não acontece no ano
da revisão tarifária.
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