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São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2003

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ENERGIA

Light pede 51%, e Aneel dá 4,2% de reajuste

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A tarifa de energia elétrica aumenta hoje, em média, 4,16% para os 3,3 milhões de clientes da Light, distribuidora que atende ao Rio de Janeiro e a mais 32 municípios da região metropolitana do Estado. Para o consumidor residencial, o aumento é de 2,14%.
A Light, em nota divulgada pela assessoria de imprensa, se disse "surpresa" com o índice, considerado baixo, e afirmou que estuda a possibilidade de recorrer à Justiça contra a decisão da agência. Na nota, a empresa afirma que "o mínimo aceitável [de reajuste] seria entre 10% e 12%".
É o menor reajuste do processo de revisão tarifária que tem sido conduzido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 17 distribuidoras neste ano. Segundo os números apresentados pela empresa à Aneel, o aumento deveria ter sido de 51%.
Para a Eletropaulo, que atende a capital e a região metropolitana do Estado de São Paulo, por exemplo, o reajuste médio causado pela revisão tarifária foi de 9,62%, em maio.
As tarifas para os grandes consumidores (comércio e indústria) da Light sobem entre 5,85% e 10,01%. O aumento é menor para os consumidores residenciais porque o governo está reduzindo o subsídio na tarifa dos grandes consumidores -isso ocorre porque esse subsídio é bancado pelo consumidor residencial.

Divergência
Em setembro, a Aneel colocou em consulta pública a proposta de reajuste da Light. Nessa proposta, o aumento médio era de 6,15%. Ontem a agência informou que o índice caiu porque, depois do processo de consulta pública, a Light reajustou o valor da tarifa paga pelos consumidores livres (que podem escolher de quem compram energia) para o uso de sua rede de transmissão.
Esse reajuste nas tarifas de uso da rede provocou aumento de receita da distribuidora e, por isso, o reajuste médio da tarifa aos consumidores foi menor. A Light argumenta, no entanto, que boa parte desse aumento de receita não fica com a empresa, que ficaria com 27% do que é pago pelos consumidores que usam a rede.
O processo de revisão tarifária acontece, em média, a cada quatro anos. Não se confunde com o reajuste anual previsto em contrato -que não acontece no ano da revisão tarifária.


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