São Paulo, quarta-feira, 07 de novembro de 2007

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

QUEIMA DE ESTOQUES
Os gaúchos estão a poucos meses da nova safra de arroz e a Conab ainda tem 1,3 milhão de toneladas em estoque no Estado. Para desovar o produto, o órgão fará um leilão VEP (Valor de Escoamento de Produto) para 150 mil toneladas. O detalhe é que o produto só poderá ter um destino inicial: a região Norte. Depois, poderá até tomar o rumo do exterior.

DESOVA MAIOR
O mercado espera por novos leilões, já que a proposta é de desova de 350 mil toneladas dos estoques do Sul. Além disso, os produtores precisam abrir espaço nos armazéns para a nova safra.

VOLUME NOVO
O governo limpa 350 mil toneladas, mas pode acrescentar outras 240 mil. Esse é o volume das opções vencidas e não exercidas pelos produtores. Esse volume pode ser um pouco menor, já que muitos produtores saíram antes das opções.

MUITA OFERTA
A boa oferta de arroz e a pouca procura pelo produto estão influenciando os preços no mercado paulista. O fardo de 30 quilos, dependendo da marca e da qualidade, é negociado entre R$ 32 e R$ 38. No Sul, já se consegue comprar um arroz de qualidade entre R$ 30 e 31 de indústrias que precisam "fazer caixa", afirma o analista Romeu Fiod.

BONS VENTOS
A indústria brasileira de rações esperava crescer cerca de 6% neste ano, conforme previsões feitas no início do ano. Terminando o ano, o setor está refazendo as contas e prevê evolução entre 10% e 11% na produção de 2007.

NA TRILHA
O bom desempenho do setor passa pelas recuperações da avicultura e da suinocultura, que consomem 80% do volume produzido pelas indústrias de rações, diz Ariovaldo Zanni, diretor-executivo do Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal).

PODE CONTINUAR
E 2008 pode repetir 2007, na avaliação de Zanni. A demanda deve continuar forte pela avicultura -que, pelo menos por ora, deixou para trás os problemas de consumo trazidos pela gripe aviária no mundo- e pela suinocultura, que começa a ter relaxada as barreiras impostas ao produto brasileiro após a ocorrência da febre aftosa em outubro de 2005.

ESCALA CURTA
A escala de abate de boi foi reduzida para de três a cinco dias em São Paulo, devido à redução na oferta de gado. Com isso, alguns produtores já conseguem R$ 70 por arroba, conforme acompanhamento de preços do Instituto FNP. A maioria dos negócios é feita por R$ 69 a arroba.


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